2007-05-07

O lugar eterno e eterno do artista

Foi hoje ao cemitério dos Prazeres (não quis lá ir ontem - dia da mãe) Fui como é habitual fazê-lo de longe a longa, escrevo isto porque serve de motivo para a minha crónica.
Distingue-se as mentalidades dos portuguesas, pelas pequenas coisas, ora veja-se colocaram o talhão dos artistas casos de Carlos Paredes, Henrique Mendes, Zita Duarte, Alfredo Duarte Júnior, Branca flor, Raul Índipwo, e infelizmente tantos outros, maestros, compositores, actores, fadistas, Num local ao fundo do cemitério lado esquerdo mais, a dar para a Rua Possidónio da Silva “Fonte Santa”, este local anteriormente era destinado ás crianças, agora é um espaço relvado com placas de números, ou lápides em pedra, mandados erigir pelos familiares.
Como quase todos os artistas neste país, salvo quando estão na mó de cima, e podem trazer dividendos políticos a alguém, é que lhes é dada alguma importância, relevância no trato, depois como quase sempre acontece são esquecidos.
Não sei se era possível, mas este talhão deveria estar num local de mais fácil acesso e mais visível dada a importância que estas pessoas tiveram em vida para as artes e espectáculo não só no país como internacionalmente. Um pequeno local (talhão) com relva e algumas lápides, meia dúzia só tem número, quem são desconheço, outros com lápides o espaço não é grande, se for sinónimo de poucos defuntos ainda bem.
O local de repouso e memoria dos Artistas, devia ser mais visível, mais notório para quem vai visitar estes espaços de dor e saudade, onde todos, ricos e pobres vamos parar, aqui ou em outro lado.
Reparo que o cemitério dos Prazeres, é muito visitado por estrangeiros (turistas, neste espaço não condiz muito), Pois há quem gosta de ver aqueles monumentos, bonitas arquitecturas, a pedra de mármore esculpidas com diversos temas, nem sempre religiosos., as lápides com frases, simples ou mais significativas, os jazigos e mausoléus, com construção mais ou menos imponente de acordo com o status de famílias ou pessoas indicando profissões e ofícios, normalmente os mais antigos, o cemitério dos Prazeres é rico neste monumentos.
Também gosto de ver estes monumentos, e a curiosidade que tenho é ler os nomes dos falecidos, pois creio que é uma simples homenagem, um modo, de que alguém se lembra deles, mais que não seja diz o seu nome. Os nomes são lidos e ditos aleatoriamente uns tempos são uns, noutra ocasião outros, assim o como tenho ante queridos, perto, cerca do talhão dos artistas faço também a visita e leio os nomes.
Alguns destes artistas que me proporcionarão bons momentos, que me lembram passagens agradáveis da vida, o convívio com pessoas, algumas, felizmente ainda presentes, outras também já desaparecidas, mas que não se esquece.

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