2012-11-26

Por culpa das estrelas


Por culpa das estrelas
O amanhecer tarda em nascer
Um novo dia, uma nova luz
Todo o céu num jardim plantado
Diamantes num brilho constante.
Por culpa das estrelas
Desenham -se animais na noite
A negrura da estrada é atenuada
Dragões de fogo surgem no ar
Imagens fascinantes propagam -se
Por culpa das estrelas
Espírito vagueia no desconhecido
Nasce o imaginário dos sonhos
Aparecem montanhas mágicas
Edificam-se castelo nos topos
Por culpa das estrelas
Canções românticas são escritas
Entrelaçam-se corpos na noite
Palavras de amor são proferidas
O amor paira no céu estrelado
Por culpa das estrelas
Muitos corações despedaçados
Traições em actos cometidos
Lágrimas não deixam de correr
A vida está cheia de surpresas
Por culpa das estrelas
Viandante descobre o caminho
o navegante acerta o seu rumo
Feliz dia em que as estrelas brilham
Benditas as estrelas que nos guiam

2012-11-12

Desprotegido



Contra as rochas, o rebentar das ondas
Nem o frio nem a geada afasta o homem
Salpicos de água salgada banham o rosto
Olhos fixados num horizonte perscrutam

Entre o borbulhar da espuma e lixo
Fragmentos da vida se espalham
Lágrima silenciosa escorre na face
Sabor amargo e doce se confundem

Entre o barulho ensurdecedor das ondas
Onde um monologo surdo se desenrola
Imagem do vazio apodera-se do quadro
Quebrado pelo ladrar de um cão vadio

Assolam fantasmas vindos do nada
Nevoeiro cinzento-escuro se levanta
Caravela de velas e mastros partidos
Imóvel na visão trazida de lágrima e dor

O tempo inexoravelmente vai-se esfumando
Nuvens movem-se lentamente quanto a vida
Casco velho naufragado perdido no desespero
Amarras de outrora vão perdendo o seu vigor

Insustentável austeridade leva ao desespero
Fortes ventos vindos do Norte trazem borrasca
Desprotegido, inseguro no meio de tanto atropelo
Nesta governação, justiça social uma fantochada












2012-11-06

Crise, crise, crise


O homem vive em crise, moral, de valores, de honradez, de honestidade, 
Vive-se uma crise de credibilidade de justiça solidariedade, começando pelo topo da pirâmide do estado e suas instituições públicas.
A palavra dada perdeu o seu valor, já ouve tempos que só a palavra e um estender de mão, servia para se fazer e honrar negócios, servia para assumir compromissos.
Como ouvimos durante muitos anos, talvez para alguns á muitos, muitos anos passados, tínhamos na sociedade um estímulo que se chamava “ Exemplo” vindo dos pais para filhos, dos professores para os alunos do mestre para o aprendiz, onde diversas classes sociais e profissionais como: Governantes, deputados, juízes, advogados, médicos, farmacêuticos, banqueiros e bancários, hoje a credibilidade desta gente estão pelas ruas da amargura.  
O estado deve, ou devia ser o pilar da sociedade, no acordo com os bons princípios da honra, da justiça da igualdade e da solidariedade para como os seus concidadãos, protector e respeitador dos bens da nação e do povo.
Se bem que ao longo da história estes valores nem sempre foram respeitados mas a verdade é que nunca foram tão vilipendiados como nos dias de hoje.
A falta de palavra de honra ou honrada, deixou de fazer sentido, de ter valor quando um politico em campanha faz promessas, sabe-se que em principio metade delas não são para, cumprir mas naquilo que empenha a sua palavra no mínimo e sobe ao poder espera-se que a cumpra, o que se verifica é uma total degradação
O P.M. Passos Coelho, faz exactamente o inverso do que prometeu, que empenhou a sua palavra perante os seus e leitores e o povo.
Os deputados passam a vida a papaguear sem um discurso instrutivo, digno de registo limita-se alguns e raro a palrear grandes figuras já desaparecidas o que nos leva a um parlamento muito pobre a um circo sem conteúdo, sem cultura só a presença de uns quantos “bater palmas”.
O banqueiros e temos o caso mais aberrante do BPN, enganaram não só os que neles depositaram a sua confiança, como contribuíram grandemente para a crise instalada no país.
Passamos a ouvir crise, crise, mas o governo e seus apaniguados, continuam a viver á grande, criticando o resto da população que gasta de mais,
A crise é bom para os parasitas, tem desculpa para nada fazerem, para  os empresários sem escrúpulos, que declaram falência, e não pagam aos trabalhadores e depois vão abrir outra empresa, administradores com bons carros e mordomias, mas não á dinheiro para pagar salários,
Crise mas não para os falsos angariadores, que exploram quem quer imigrar para obter uma vida melhor
Crise mas não para os deputados e continuam usufruir das boas mordomias e ainda tem mais uns quantos tachos (empregos)
Crise mas não para os Srs. A. Borges, Catroga, F. Ulrich  e muitos outros que  por ai proliferam á custa do Estado , directa e indirectamente.


2012-11-01

A corrupção paira no ar


A corrupção é tão velha, quanto a sociedade, onde mora o poder de decisão, onde a falta de justiça, de carácter e honra abundam, mais facilmente germina a deprevação. Onde o caciquismo impera, o grande fosse entre classes sociais mais contribui para o suborno, seduzidos pelo dinheiro transforma os homens fracos sendo mais acentuado e prejudicial para a sociedade quando no seio do poder politico e governativo.
Os meandros em que se envolve e as formas mais ou menos sofisticadas dependem da natureza, do valor ou o fim em causa.
A corrupção surge no meio dos lobbys, conluios, compadrios (compadres) das amizades a partidarite e mesmo o corporativismo, das mais diversas profissões.  Infelizmente é utilizado frequentemente o uso de cargos públicos para auferir previlégios, onde entra a corrupção.
Esta é a forma mais sofisticada e difícil de detectar, mas que existe existe, onde dificilmente se encontra corruptos e corruptores, e quando localizados e me julgamento nada acontece.  
Este vivencia fingida e podre, começa na politica e com políticos, no topo da pirâmide de Estado, sem posto, nome ou linha definida pois tanto pode ser no seio do governo como na Assembleia, na elaboração das leis, nos tribunais e outras instituições publicas, na compra e venda do património do estado.
Na Com a angariação de fundos para os partidos políticos, junto a empresas, empresários e outros agentes. Tudo se desenrola numa cadeia bem orquestrada, sem pontas soltas, com senhores de colarinho branco e falas mansas.
Aparece os lobbies, (palavra derivada do inglês lobby, (salão, corredor) e que se define como a actividade de pressão de grupos, tendo o objectivo de interferir directamente nas decisões do poder politico em favorecimento de interesses privados. de um modo normalmente velado.e assim se começa com a corrupção institucionalizada.
Passando-se da grande corrupção na esfera do Estado como a mais grave e criminosa pois afecta todo um povo, como exemplificamos, num edifício onde existe a corrupção, esta começa na administração passa por diversos andares até chegar ao porteiro pelo que não há estrutura que resista, no plano financeiro ético e moral.
Depois passamos para os casos mais individuais e pode implicar muita gente, muitos beneficiários de um modo geral com valores monetários elevados (não com robalos, não com um lentilhas, mas com metal sonante, muito dinheiro , ou outros bens sumptuosos.
Descendo a cadeia de valores e importâncias, passamos pela compensação de um favor (modo bonito) um favorecimento na promoção, na aquisição de uma licença, no despachar de um processo. Na gratificação ao funcionário que nos atendeu mais célere e eficientemente, num emprego ou numa aflição
Da pequena á grande corrupção sabe-se, sente-se, constata-se com a riqueza por muitos apresentada, mas nada de prova, e quanto maior é o valor e os lobos em causa mais difícil se torna encontrar a verdade e a sua extensão
Nesta espiral de corrupção que a muitos interessa, e poucos querem combater
Hoje em dia vive-se, onde o descrédito nas instituições é umfacto, onde a descrença nos políticos é elevada, onde as dificuldades do cidadão comum aumentam o seu desconforto realçando o pior da política e assim se insurge mais viamente contra tal estado.