Desembocando no largo de faustoso edifício
Um pequeno exército de gente esfarrapada,
Amontoa-se e morrem, sem um único alento
Pavimento escorregadio de orvalho e sangue
Imponentes portas de ferro barram a entrada
Olhares perscrutadores
sobre o que os rodeia
Corpos pequenos e
flácidos ao colo da mãe
Procuram refúgio na mascara de um sorriso
Povo esbarra numa liberdade que é aparente
Atingidos por uma tempestade de
palavreado
Um alçapão de mentiras, enganos e crueldade
Poderosos desprovidos de
consciência e moral,
Ao alvorecer do dia surge a esperança na roda da vida
Memórias de homens justos e bons mantem-nos firmes
Como rosas crescem e florescem em ramos de espinhos
Opressão e dor fortalecem a vontade de colher liberdade