2007-09-27

Saudações amigas

Foto do autor - C Valente - Uma Rosa

Olá amigos e amigas
Por razões particulares e de certo modo inesperadas, tenho andado muito ocupado. Outras das vezes sem disposição para escrever seja o que for, pelo que aqui não tenho vindo com a assiduidade que desejava e me impus. Aos meus amigos e habituais companheiros, informo que está tudo bem e que para a semana espero voltar ao vosso convívio. Peço as minhas desculpas pelas visitas rápidas tenho feito aos vossos blogues, com a a agravante de não os comentar , sei que é lamentável , e por isso aqui me estou a penitenciar Para vos compensar e dizer que estou convosco aqui vos deixo estas fotos, como fosse entregar a cada um das amigas e amigos, uma flor ou um doce, escolham Saudações amigas

Foto do autor - C Valente - Flor e Sobremesa doce

BOM FIM DE SEMANA

2007-09-19

O poeta em liberdade

Foto do autor: C Valente - Ao entardecer

O homem defende os seus direitos
Que se exprimem em liberdade
Sem discriminações, nem impedimentos.
Podendo se expressar sem censura
Abolida a repressão de qualquer forma
Num vocabulário sem comprometimentos
O poeta exprime livremente o seu pensamento
Um sonhador de independência conquistada
O acto reflecte, espírito e imaginação criadora
Através da divulgação da palavra e da escrita
Inspiração de carácter idealista audaz e destemido
Por vezes atrevido, irreverente, brutal nas ideias
Apaixonado, romântico idílico, doido varrido
Num universo de realidade poética que é sua
O homem e o poeta se associa e multiplica
A realidade se confunde com a quimera e utopia
Um sonho de um amanhã porque não hoje
O desejo de um povo, num país em liberdade

2007-09-17

Amigos na Internet

Foto do autor : C Valente- Navegar para a outra margem

Na Internet
O amigo encontra-se
Sem se conhecer,
Conhece-se.
Não se pergunta ,
Quem é,
De onde vem,
Para onde vai.
Qual o credo ou religião,
Partido ou profissão.
Só o convívio interessa.
Troca de ideias, Impressões.
Um amigo, muitos mais ,
Conhecimentos, aprendizagem.
As conversas se espalham.
As ideias confrontam-se.
Convergência nem sempre .
A educação será permanente.
Discórdia também as há.
A amizade constrói-se.
Um anónimo, um desconhecido,
Surge, não pede para entrar
Vem, por bem pode ficar.
Este é o local,
De todos os encontros,
Partilhar, participar.
É o lema que se pede.
Todos com seu mérito .
A hora não tem lugar.
Cada um aparece quando quer,
Cibernauta no espaço a navegar.

2007-09-16

Avisar é preciso


CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

Artigo 21.º
(Direito de resistência)

Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.
Artigo 37.º
(Liberdade de expressão e informação
)
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.
4. A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.

Há pessoas que por vezes se esquecem, fazem-se esquecidos , ou são ignorantes, quer gostem ou não. Para o bem e para o mal ainda temos uma constituição e que deverá ser cumprida por todos. incluindo: Políticos, comentadores, articulista, escritores, e outros, que andam para ai na comunicação social á dizer asneiras

2007-09-13

A Blogosfera na comunicação não é terrorismo

A Internet é tão prejudicial ao mundo moderno como o telemóvel que ninguém reclama ou como outros meios hoje disponíveis.
Para alguns preferiam que uns vivessem como no século XIX ou XX, ou talvez ainda em tempos mais recuados, em que eles seriam os senhores feudais, e o resto era o povo, que hoje tantos gostam de encher a boca quando lhes convêm
Este mundo virtual é um local de criatividade, de discussão de ideias, de partilha de gostos e sensibilidades.

O blogue é um meio económico, sem “cunhas”sem entradas de favor, padrinhos, amiguinhos, e toda essa “catrefa” de situações que temos conhecimento existir por ai fora quer nos organismos do estado, públicos, privados e ainda na TV, nas revistas cor de rosa escuro, do jet set , e etc e tal, aqui entra quem quer, é apreciado quem o merece, pois o blogger tem de mostrar o seu valor e comunicar da forma que entender. e é escrutinado pelos seus pares.
A Internet, o espaço virtual os bloggers, sites , enfim todo este modo de comunicação nada tem a ver com o terrorismo .

O uso do anonimato, em especial quando no mau caminho só revela cobardia, mas é uma pratica tão antigas como é o homem., a formas exercidas acompanham os tempos.
Quem o pratica tanto é através da escrita, (cartas e comentários e outros que aparecem na imprensa), como através de telefonemas, de boatos
Este problema do anonimato não é de hoje , mas de todos aqueles , que de qualquer forma , querem manchar o bom nome de outros, ou criar suspeitas em beneficio próprio o praticam

Este mundo da blogosfera como instrumento tem duas faces, pode ser bom como também tem inconvenientes , não sejamos ingénuos, conforme pode serve o bem, também serve o mal, mas isso depende de todos nós.
A história tem demonstrado, onde muitas das vezes está a raiz do mal. Este não esse encontra nas tecnologias, mas do uso que o homem faz delas.
A aversão á Internet, e mais concretamente aos blogues, é a falta inteligência intelectual, de simplificar as coisa , em vez de as compreender, prefere-se o uso da repressão

O terrorismo , as ditaduras a repressão nada tem haver com a blogosfera as causas existentes resumem sempre na mesma ao controlo e ao PODER
O fundamentalismo religioso, o fundamentalismo politico, o fundamentalismo nacionalista e tudo onde entra o fanatismo, essa arma tão poderosa, Enfim o nome que se lhe queira dar, que normalmente começa por um F de , ( é isso mesmo ,) utiliza todos os meios ao seu alcance.
Há pessoas que ainda não entenderam que o mundo mudou, eu próprio reconheço que há uns poucos meses não fazia ideia o que era o mundo da globosfera, mas também nunca disse mal.
O mundo já não é fechado, as pequenas coutadas dos poderosos tendem a acabar, tudo se sabe, tudo se vê. A agora é necessário é os governos também se actualizarem, mas não pode ser por meios pidescos ou repressivos tem de ser feito uma vigilância mas com inteligência formação e respeitando os direitos e liberdades de cada um.
O terrorismo não é de hoje, foi criado por muitos, hoje governantes Foi um modo que encontram de chegar ao poder, e alguns apoiados por países que hoje sofrem na pele tais malefício.
Todos sabemos que á muitas formas de terrorismo, directo e indirecto, ou seja pode-se fazer terrorismo verbal, através da escrita, quando se incentiva á pratica ou encaminha para determinada situações não compatíveis com os direitos humanos e isso muitos por esse mundo fora encontra-se governos que tem culpas.
A fachada com que muitos governantes e não só, com a capa de democracia, também se apoderam do poder, as falsidades produzidas nome de causas nobres, que depois se transforma em duras realidades. Isto também é terrorismo.
Mais vale uma má liberdade, de que uma boa repressão.


Neste mundo temporal
Dois conceitos são reais
O bem e o mal.
O espinho acompanha a rosa
Á dor segue-se o alívio
A moeda tem duas faces
A liberdade trás libertinagem
A repressão transporta a violência
A ditadura carrega a opressão
A democracia tem seus riscos
A seguir á guerra vem paz
A morte após a vida

2007-09-11

FUI INDICADO para o PRÉMIO CANETA DE OURO

FUI INDICADO por Baby pelo poema intitulado "Grito" para o "PRÊMIO CANETA DE OURO – POESIAS 'IN BLOG' 2007", idealizado por ANDRÉ L. SOARES e RITA COSTA.
Evento relacionado com a poesia, em blogs de idioma Português!
Tem uma série de Regras a seguir.

Corrente da Amizade

O Silêncio Culpado distinguiu-me com a Corrente da Amizade.
Como funciona: "Cada pessoa escolhida indica mais dez com o objectivo de agradecer a gentileza que tiveram de compartilhar as suas artes, pensamentos e um pouco da sua vida. Depois de escolhido os participantes devemos fazer uma visitinha ao blog de cada um e deixar um comentário avisando da corrente."
Como os meus amigos sabem é impossível nomear todos mas todos estão presentes no meu pensamento, assim como representantes de todos nomeio:

Certificado Blog

O muito obrigado a António Delgado do blog : Alcobaça: Ecos e Comentários e a LopesCa do blog: Lopesca, por me terem incluído nas suas listas de “um blog que vale a pena ser visto”
Assim e retribuindo este certificado a todos quanto me visitam, e que por eles eu vou viajando neste mundo virtual.
Cada um é sempre de livre de aceitar ou não a nomeação. Para mim é tão embaraçoso receber a nomeação como efectuar uma lista para não se perder a cadeia, nomeando outros
Como escolha é sempre difícil, premiar uns, com prejuízo para outros será injusto, como são as nomeações limitadas no número, de qualquer das formas concordem ou não aqui vai o que considero dos bons momentos vividos na globosfera.

"Calimera Este certificado tem como objectivo ser oferecido a todos aqueles que nos têm acompanhado ao longo do tempo neste mundo virtual, e que com as suas palavras, textos, fotos, e comentários nos têm oferecido os melhores momentos virtuais."

Quem me tem oferecido excelentes momentos virtuais:

2007-09-10

O Pastor e a Serra

Foi nestas pedras,
Sem horas marcadas,
Histórias foram contadas
Em palavras pausadas,

Histórias da vida na serra,
De terras áridas e agrestes
Pedregulhos e mato rasteiro.
Segredos da urze em flor,
Das giestas, da carqueja
Tojo que alimenta o gado.

Neste horizonte
A perder de vista
Numa imensidão de céu azul
Em espessos mantos de neve
Pela fúria do Inverno rigoroso
Desmandam os sentidos

Do homem, o pastor
Esse outro rosto da serra
Saberes de sobrevivência,
Feitos de experiências vividas

Indiferente á intempérie
Chuva calor ou frio
Naquele rude silêncio
Como estátua antiga
Em paz e de pedra.
O homem descansa

Momentos de memorias
A imagem fica para sempre

Dedico este poema a quem me inspirou e ajudou a escrever (dando que as palavras nem todas são minhas, mas da Meg. Recomendo; http://arecalcitrante.blogspot.com/

Nota do Autor 12.09.07
Vamos esclarecer o que parece ter levantado polémica entre amigos, e não era de todo essa intenção.
1º O que se passou foi ao ler um texto, tão bonito da Meg, me apaixonei por ele logo de imediato, e que me inspirou a escrever um poema .
2º Entendi que não o devia publicar sem a respectiva anuência da autora do texto, sem contudo indicar o que escreveria, e que tive toda a liberdade para o fazer, e esta nada a ter a com o meu poema.
3º Dediquei este Poema a Meg por ter sido, dela o texto inspirador.
4º O poema, quer se goste ou não é de minha autoria e responsabilidade.
5º Recebi um pedido da Meg que julgo ser escusado, mas que o passo aqui a transcrever:
"Para completo esclarecimento sobre a autoria deste poema, neste post,e por nÃo ser verdade que tenha participado na elaboração do mesmo, fico a aguardar a publicação, JUNTO AO MESMO, da seguinte rectificaçãoo: EU, MEG, NÃO AJUDEI, NÃO ESCREVI NEM PARTICIPEI NA ELABORAÇÃO DESTE POEMA, NESTE POST.Fico naturalmente a aguardar este esclarecimento.
Meg"

Estamos entendidos
C Valente 12.09.07

2007-09-09

Frase da Dra Margarida Rebelo Pinto

A) Hoje como ontem vamos falar do mundo da globosfera, desta feita pelas piores razões
Começo por ficar "chateado", mas parece que agora está na moda dos escritores, jornalistas, intelectuais e outros que tais. Uns que escrevem ou falam nos meios de comunicação de mandarem uns “bitates” nos órgãos que lhe dão cobertura, pois ainda há quem lhes pague para muitas das vezes dizerem ou escreverem tanta asneirada.
Há tempos foi sr Tozé Brito, dizer o que disse agora foi uma escritora, estará na moda
A Dra Margarida Pinto Rebelo disse ao Jornal de Negócios (Frase conforme descrito na revista sábado em Frases:” (os blogues) são um território de guerrilha suja, protagonizada pelos terroristas da internet” Não sei a quem se estava a referir concretamente, mas não é correcto.
Das duas uma, ou a senhora está muito mal informada, ou tem dor de cotovelo.
Aqui a escrita não se paga, e já vi e li, artigos muito bons, melhores que em jornais, revistas, ou livros, de modo grátis há “ borla”, será esta a dor?
Claro que os blogues não são só maravilhas há de tudo. Os mal-educados, os caluniadores, onde se oferece de tudo para todos os gostos, mesmo os maus gostos
(como se tratar mal a policia, fazer bombas, sexo etc etc. Mas como costumo dizer uma arma é artigo inocente não tem perigo, quem a maneja é que será perigoso.
Como qualquer pessoa minimamente formada e informada sabe que na vida, há o bom e o mau, há bons e maus escritores, os que escrevem para todos, os intelectuais ou pseudo intelectuais que escrevem o que poucos entendem e os que são terroristas (empregando o termo) da palavra e da escrita, outros que escrevem ou falam nos órgãos de comunicação social (jornais revistas rádio e televisão) que vem dizer muita coisa menos verdadeira ou de proporções graves, e estes pagamos principalmente na rádio e televisão as “calinadas” no português é um verdadeiro atentado.
E não se ouve ninguém a andar a apregoar ali moram terroristas do português, nem os arautos da língua
Acontece cá em casa, quando os temas não me interessam, ou as pessoas são asquerosas, mudo de canal ou desligo. Sempre ouvi dizer vozes de bestas (não ofendendo os burros) não chegam aos céus e faço para não chegar aos meus ouvidos Por aqui parece-me que estamos entendidos. Quem não gosta não estraga.
O mundo cibernético tem de tudo, os blogues são constituídos por pessoas com boas e más intenções, encontra-se um pouco de tudo. Essa uma verdade.
Mas será assim tão mau, para serem apelidados de terroristas?
Temos governo, que cria sites, ministros e ex-ministros, deputados, gente da política e da cultura, gente simples e anónima que tem o seu blogue
Os mexericos da aldeia, a corrupção existente aqui ou ali, deixou de ser tema local as injustiças, com isso também vem a calunia e tudo o que há de pior, mas as pessoas é que tem saber separar o trigo do joio, e também existe os tribunais, portanto o porquê do papão do blogger.
Frases ditas por certas pessoas, de que deviam ter mais responsabilidade naquilo que proferem é ma vergonha.

B) A exemplo e apresentado um lado negativo, deste mundo e nem por isso o vou chamar de terrorismo,
Foi-me colocada uma questão por uma amiga, em que foi mal tratada e ofendida por outro blogger (será normal? Não devia ser) como a ela lhe escrevi direi, faça como eu desprezo.
E continue a escrever no seu blogue se isso lhe dá prazer, que compartilhe com alguns amigos que os tem, e não ligue a coisas mesquinhas e sem valor.
A discórdia base foi o facto de publicar algumas fotografias tiradas de outros sites, isso não é crime de lesa-majestade, até porque se entra no “Google” e em muitas das imagens nem sequer estão identificados os seus autores.

2007-09-08

No mundo global da comunicação

Foto do autor: C. Valente - No mundo da Internet

O viajante montado no comando electrónico
Vai navegando neste espaço de globalização
Sintonizado o percurso imaginário do destino
Buscando o dialogo da amizade e confraternização

Não necessita de monitorização bússola ou sextante
Somente o efeito causado pelo estímulo interior
Na existência da relação de comunicação entre gente
Comungando conjuntos de ideias, opiniões e princípios,

Todos se encontram equidistantes do centro
Nesta relação de almas do sistema planetário
O tempo, o espaço ou cultura é indiferente
Na blogosfera o cibernauta vai viajando

A regra fundamental definida para sua orientação
Consiste na doutrina sem filiação clubista ou sectária
Órbita percorrida sem partido político, ou religião
Mundo sem preconceitos de classes ou categoria social

Podemos ser irmãos, ter o mundo nas nossas mãos
Dedico este poema a todos os amigos que aqui me visitam

2007-09-07

Grito

Chamo por ti,
E nada dizes.
Grito por ti,
E nada respondes.
O vento levou meu grito,
A chuva as minhas lágrimas,
O sol transportou meu calor,
A nuvem minha tristeza.
Brando por ti.
Escuto.
Clamo por ti,
E nada ouço.
O dia roubou a minha luz,
A noite aumentou minha cegueira,
A madrugada tirou-me o manto,
O amanhecer roubou a esperança.
Chamo por ti,
Escuto.
O eco da minha voz.
Grito por ti,
Fico atento,
O estrondo,
É ausente.
O meu desespero
É calvário,
Esta melancolia,
Aflição
O silêncio, é meu companheiro
A dor é infinita.

2007-09-05

Caminhos

Foto do autor: C Valente - Pedra e água

Por caminhos outrora percorridos
Pelos prados e campos verdejantes
Entre sombras de arvores estrondosas
Sementeiras de trigo que alimenta
Rios onde corre água cristalina
Que sacia a sede e refresca a alma
A velha ponte que determina a fronteira
Fragmentos de passado e presente vividos
Caminhando sem pressa nem destino
A nostalgia apodera-se do corpo cansado
Chegada ao fim a longa jornada percorrida
Recolhido a conjugar os pensamentos
O homem contempla a imensidão da vida
Escreve um verso de existência
Alegre é o homem, triste é o poeta

2007-09-04

Pregões e profissões antigas de Lisboa ( Parte III )

A finalizar este tema aqui vai mais um pouco de Lisboa de outras eras, dos pregões matinais, que já não voltam mais. ( Isto é de uma canção, lembram-se?)

Pessoas que iam a casa dos fregueses certos , escada acima escada a baixo, e pelas ruas se cruzavam.
O homem ou mulher com grande cestos forrados em lençol branco, ou batia á porta ou deixa pendurado no saco que a cliente tinha lá deixado
Padeiiiiiiro
O homem do leite com bilhas em folha com leite vendendo de porta em porta e medidas 1/4litro, 1/2litro, 1 litro, batia e dizia
Leiteeeeiro.
O moço de recados empregado do merceeiro da esquina que lá ia com as compras da senhora para serem entregues á porta.
Merceeeeeiro

Recordando algumas pessoas da minha infância, pessoas honestas e trabalhadoras, e também como uma pequena homenagem a essa gente desconhecida, merecedora de todo o nosso respeito.
Pessoas com pequenas lojas ou oficinas e que se encontravam nos seus lugares, não deixando de ser interessante:
Apanhadeira de malhas, a D.Isaura que trabalhava como manicura numa barbearia fina e em casa, pois tinha comprado uma pequena maquina e então apanhava as malhas das meias das senhoras, e lá se ponha ela á janela , a apanhara luz do dia ou com um pequeno candeeiro no seu trabalhar.
Carvoeiro, ou taberneiro o Sr. Venâncio, galego que apesar do muito tempo de vivência na cidade, não perdia a sua prenuncia e o seu sorriso, mostrando o dente de ouro, perto da minha porta e onde fazia as malhas com aparas de madeira e restos de carvão para o fogão, de carvão e vendia alem de vinhos, copos de três carvão e petróleo, a essa gente desconhecida
Costureira, e ganhava a vida fazendo de tudo um pouco, na costura, era, uma saia, umas bainhas, o aproveitamento de vestido de uma filha para a outra, pois a freguesia não tinha grandes economias que se pudessem dar ao luxo de roupas novas, passavam de irmão para irmão,
O ferreiro, Existia um na zona do alto de S. Amaro, conhecido pelo, Altinho, situado ao fundo da Junqueira, um pouco antes de chegar á Belém, tratava dos animais, cavalos mulas etc. ainda servia de curandeiro para algumas pessoas.
Lugar de hortaliça. A dona a sua Maria, mulher de que sofria de uma doença em que consistia os braços serem como bolas de músculos, nunca soube se era doença se era defeito congénito logo pela manhã ia ao mercado, depois lá estava ela á frente da sua pequena loja a vender os seus produtos frescos, tinha duas filhas que a ajudavam a ir e buscar e levar as produtos a casa dos clientes a Domingas e a Natália.
Modista. A D. Ivone, que só fazia vestidos para senhoras finas de acordo com as revistas, e para os mais pobres quando havia um casamento mais aperaltado.
Merceeiro, o Sr. Joaquim da mercearia onde ia comprar rebuçados, dois, 1 tostão, ou uma posta de bacalhau de molhado que se encontrava no alguidar de barro com água e as postas prontas a cozinhar; 1 quilo de batatas, 250g de açúcar, o sal, a farinha a manteiga, e tantos produtos vendidos avulso e ao peso, ou 2dl de azeite, e óleo, ao litro, os rebuçados á dúzia, produtos embalados eram poucos, só os de marca e mais caros, os artigos encontravam-se nas tulhas de feijão, nas bilhas, o café moído na ocasião. A mercearia o Pavilhão inglês, que fornecia a dente gente rica, da zona com produtos já de outra qualidade.
Sapateiro, na minha rua conheci o Sr. Gomes, que alem de consertar, colocando meias solas nos sapatos, saltos nos sapatos das senhoras também era um artificie, pois fazia sapatos por encomenda para os mais abastados da zona.
Taberneiro, eram as tabernas com bifanas, cuja frigideira não era limpa durante meses ou anos, o passarinho frito, Este comercio era encontrava-se na maioria nas mãos de oriundos do norte de Espanha, uns fugindo da guerra e da miséria, principalmente da Galiza eram as celebres tascas do galego, o sr António homem respeitado e trabalhador.
Droguista, onde trabalhava por pequenos períodos o meu amigo Carlos da Adilia, moço mais velho que eu 3 anos, e que eu ás vezes por brincadeira o acompanhava, afim de ele se despachar para irmos jogar á bola.
Cerzideira a senhora que em casa, consertava as roupas (cerzir) de modo a que se não nota-se o remendo efectuado apanhando a malha do tecido e disfarçando o máximo possível. Hoje rasga-se umas calças ou uma saia compra-se outra roupa.

Outras profissões
Outros ofícios antigos que o tempo e a memória apagou, e ainda outros ofícios ou profissões, que hoje já não se encontram, porque se encontrão em vias de extinção ou, substancialmente modificadas, ou ainda com nova roupagem, novos nomes, assim temos:
Almeida; albardeiro; agulheiro; aguadeiro; ardina; Bagageiro; boticário; boiadeiro; boletineiro; calceteiro; caixeiro-viajante; cocheiro; criado de quarto; carroceiro; cantoneiro de estradas;, carvoeiro; cesteiro; cangalheiro; Dactilografa; Escrivão; estivador; Fotografo á lá minute; Forneiro; Galinheira; governanta; grumo; grumete; guarda-linha; Jornaleiro; Latoeiro; lavadeira; leiteiro; Marçano; moço de fretes; Oleiro; Policia sinaleiro; paquete; Taberneiro; trapeiro; telefonista; Varina; varredor. E aqui termino estas notas de Lisboa antiga. Se algum dos amigos ou amigas queira acrescentar alguma coisa do antigamente para enriquecer estes apontamentos façam o favor .
RECORDAR É VIVER, FICAR AGARRADO AO PASSADO É MORRER

2007-09-03

Prémio Blog Solidário

Recebi este prémio do Adrianeites, estou agradecido pela distinção,
mas como não posso nomear todos os que são merecedores indico:

A Recalcitrante
Anjoedemonio
Campoemflor
Era uma vez um Girassol...
LopesCa
O Guardião
O PROFANO

Prémio pela solidariedade demonstrada na blogosfera.
CONDIÇÕES ORIGINAIS Prémio Blog Solidário:
"Existen muchos premios y galardones con prestigio y solera a lo largo del planeta que se otorgan a personas que hayan resaltado por alguna técnica o actividad.
Siguiendo la moda de los premios blogger en la blogosfera, he tenido la idea de hacer uno dedicado a los blogs que destacan o han destacado en alguna ocasión por su solidaridad con los demás, tanto a nivel general como individual. Creo que se merecen una especial distinción y debemos demostrarles nuestro agradecimiento y cariño en este mundo en el que corre mucho egoísmo e indiferencia.
Además, gracias a estos blogs solidarios podemos promocionar una vez más la blogosfera.
Las condiciones para otorgarlo son las siguientes:
1º Escribir un post mostrando el PREMIO y citar el nombre del blog que te lo regala y enlazarlo al post que te nombra. (De esta manera se podrá seguir la cadena).
2º Elegir un mínimo de 7 blogs que creas que se han destacado alguna vez por ayudar, apoyar y compartir. Poner sus nombres y los enlaces a ellos. (Avisarles).
3º Opcional. Exhibir el PREMIO con orgullo en tu blog haciendo enlace al post que escribes sobre él y lo otorgas a otros.
Post by BohemiaMar"

2007-09-02

Pregões e profissões antigas de Lisboa ( Parte II )

Com uma enorme serapilheira na cabeça ou com um burrito carregava a palha destinada aos colchões cada um
Palha barata
Palha fina

Os vendedores de castanhas, nos seus carros improvisados com grandes em assadores em barro ou em cima do fogo, fazendo uma fumarada que se via ao longe, e o cheiro tão gostoso nos dias de Inverno.
Castanhas quentinhas
Quentes e boas, quentinhas
Na praia andavam os vendedores com grandes caixas onde continham os tabuleiros e vendiam
Bolinhos quentinhos á a bola de Berlim
Bola de berlim

Pelas ruas com grandes cilindros de chapa lá andaveam a vender
Língua da sogra
Outros com sacos de plástico percorriam a pé toda a praia calcurreandovezes sem fim
Língua da sogra
Olha o torrão de Alicante
Olha a batata frita
As saloias, gentes que vinham dos arredores de Lisboa, a determinados dias da semana vender os seus produtos nos seus cabazes
Queijo saloio
Quem quer azeitonas novas
Hortaliça fresca
Galinheiras com grandes cabazes com uma rede, tal modo que parecia uma vela de barco
Há galinhas e coelhos
Florista
Quem quer flores, flores
O ceguinho a vender
Esticadores para os colarinhos, laminas de barbear, fita elástica
Aguadeiros com a bilha de barro ás costa pela encosta do Monsanto nos dias de verão enquano o povo merendava, á sombra das arvores, ele apregoava
Água fresquinha e pura
Olha o púcaro de água fresca
Os homens a vender bebidas pelas praias ou no campo
Bebida fresquinha
Olha o pirolito ou gasosa

A velhinha á porta do Jardim da Estrela, ou á saída das escolas
Tremoços, amendoins e pevides,
Oh menina compre um o chupa-chupa pró menino
Nos campos de futebol era ver os vendedores ambulantes
Olha o rebuçado, cada cor seu paladar
Olha a bebida fresca
Almofadas quem quer almofadas
Olha o chapéu de sol, é pró sol é pró sol

O barateiro, o homem que tudo vendia meias, elásticos, alfinetes batas e outros artigos eram acrescentados ao role. Este sujeito era um pouco lerdo das ideias e então algum começava a entra com eles e este punha-se
Olha o barateiro
Compre meninas comprem as meias dado baratona, que vai desde o calcanhar…comprem meninas comprem.
O cigano de porta em porta carregados com tecidos, primeiro abordavam as pessoas depois mostravam as peças de fazenda deixadas no vão da escada, aqui era sempre acompanhado de grande ladainha
Oh minha rica senhora ...
Não quer compra tenho fazenda da melhor qualidade, são das melhores fabricas veja, veja, é uma pechincha, e é hoje que preciso de dar de comer aos meus filhinhos ( e a fazenda desfazia-se logo na primeira lavagem)
As lindas hospedeiras, meninas dos aviões, o que se contava, (que pobre não tinha direito a viajar) com vós aflautada
Chá café ou laranjada
Vendedor ambulante, era hábito em certas zonas de Lisboa, principalmente na baixa se ver uns chineses baixinhos vendendo gravatas
Glavata finas senor
O vendedor ambulante que andavam a vender, vassouras, grandes e pequenas, as colheres de pau, as facas para manteiga os martelos e tábuas de partir a carne, e outros utensílios artesanais, como as mantas de trapos
Olha o vassoureiro
Mulher dos fretes, que estava na ribeira a transportar o peixe e outros produtos para os carros e camionetas, ou para o mercado 24 de Julho, cujas peixeiras mais idosas não podiam com as caixas, e lá carregavam com o peixe á cabeça ou com uma gancheta a puxar as caixas de peixe
Quer que frete.

Continuação de anterior 28.08.07