2012-03-31

Ao que chegamos… até quando?

Sua excelência é hipócrita, cínico mentiroso
Diz com um sorriso o que aos outros faz sofrer
Fala de desemprego como de guardanapo de papel
Aos ricos dá milhões aos pobres tira o mísero tostão

Quem ajudou a criar um sistema usura e roubo legal
Com rendilhados produziu leis em benefício próprio
Permitiu acumulação de reformas e pensões vitalícias.
Manipular e baralhar a opinião pública a grande função

Os Albertos, Silvas, Mários e Freitas nomes tão vulgares
Privilégios, compadrio, intriga e corrupção reina no salão
No papaguear possuem reformas que nem mineiro tem
Governação e politica, o trampolim para uma boa situação

A palavra liberdade, tantas e tantas vezes repetida
Os políticos criaram uma ilusão e o povo acreditou
Gestão danosa, descalabro é o tem feito a governação
Não há culpados na cadeia por traição a toda uma nação

Hoje na governação amanhã numa boa administração
Favorecimentos de hoje para beneficio próprio manhã
Assim são os negócios do estado, que se lixa a nação
Ao cidadão, aumento de impostos a pagar a facturação

Se votar muda-se para algo positivo, neste pais seria proibido
Como a ida ás urnas não é dever cívico mas mais uma ilusão
Toda a estrutura politica, tem de mudar ou nos vamos afundar
Não há salvadores, somos nós cidadãos que temos de mudar

2012-03-26

Onde pára a democracia?

Hoje ouvi o lamentar os acontecimentos no Chiado. A carga policial, mas fiquei abismado, quanto á carga não estranho a prepotência é muita a linguagem policial sempre a mesma “ a proporcional aos acontecimentos, os manifestantes e não só, são os malandros a policia os anjos da guarda, qual guarda?
Os principais protagonistas da cena politica dependemdo se é de direita, ou de esquerda apresenta os seus argumentos, sempre o mesmo blá blá.
O PR, só lamenta o acontecimento aos fotojornalistas e os restantes cidadãos que sem ter nada ver com a manifestação, estava no lugar errado á hora errada e em que a policia tipo arrastão leva tudo á frente e á bastonada.
Agora querem arranjar forma de melhor proteger os jornalistas, e o cidadão comum quem o protege?
E dizem os políticos que estamos num país democrático, olhem se assim não fosse, em vez de bastonada seria a rajada de metralhadora.
O inquérito instaurados por certo não vai dar em nada, os manifestantes é que provocaram, mas os policias são ou não são profissionais que devem estar acima das provocações.
Uma semana de desencantos e confirmação de como cada vez estamos mais pobres, quer financeiramente, quer de liberdade quer por com falta de politicas credíveis e que levem o país a caminho da prosperidade, onde ás regras são para os mais fracos, as excepções mais que muitas e sempre para os mesmos, e a economia afunda.
O PM, Passos Coelho no congresso do PSD faz discursos destorcidos dependendo da hora e do dia, mas sem chama sem verdade, falta-lhe entre outras situações o carisma de um líder, tudo soa a falso.
Já dizia a minha avozinha, “Adeus mundo, cada vez pior”, e nem a dita revolução nem a dita democracia veio dar alento ao povo português, somente para uns tantos oportunistas que tem como um dos tachos u profissões, serem políticos, estarem na politicas, sejam deputadas, autarcas ou governantes , presente e principalmente passados.

2012-03-21

Hoje é dia mundial da poesia

Neste dia da poesia não poderei deixar de estar presente, (dado que poeta não sou), não me sentia bem integrar-me entre tantas conhecidos e outros menos conhecidos poetas. Lembrei-me que para homenagear este dia nada melhor que um poema do príncipe dos poetas, mesmo que com isso quebrando uma tradição de publicar aqui só coisas da minha autoria.

Verdes são os campo


Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Luís Vaz de Camões

2012-03-01

Manhã de inverno

Bela manhã de inverno sem nuvens nem chuva
No Tejo flutuam estrelas cintilantes com lágrimas
Gaivota planeia cantando ao som de fados antigos
Incerteza devastadora como outrora o desconhecido

Sobre um banco de pedra banhado pelo sol
Homem descansa e aquece as suas mágoas
Encerra os olhos e relembra tempos vividos
Vagueia no passado na história e actualidade

Reformado do trabalho, mas não da vida
Não é seu modo aguardar o passar do tempo
Como partir não é opção, resta-lhe ficar e lutar
Na batalha da dignidade e bem-estar familiar

Desemprego um flagelo da sociedade actual
Governo alheado do que se passa em redor
Pessoa é tratada como numero na estatística
Magoa quando se tem um garrote ao pescoço

Na zona ribeirinha junto ao cais de Belem
Pescador atira anzol com isco á água turva
Situações distintas, a mesma tristeza no rosto
A esperança desmorona-se tal peixe a sufocar

Não existe caravelas, só o murmúrio das ondas
Nem riquezas desgarradas, tudo foi desbaratado
Hoje o cabo das tormentas chama-se austeridade
O terror do Adamastor, foi substituído pela Troika

O que poderia ser um belo dia, afoga-se;
Na mente a situação do país subjugado
Náufrago não necessita de água salgada
Mudança de rumo ou timoneiro é necessário