2007-04-10

Africa em crónica - O Futuro é agora

As crónicas de Miguel Sousa Tavares, no Expresso, de que sou assíduo leitor, assim como dos seus comentários na TVI, são do meu agrado, gosto. Estou de acordo com a maioria das suas opiniões, mas existem artigos e comentários que não me agradam de todo, ou mesmo nada , o que será salutar para ambos.
Gostei muito do livro “EQUADOR” aguardo o próximo.
Tem temas de conversa e artigos dos quais não gosto mesmo nada. Quando fala ou escreve sobre o Futebol Clube do Porto, sobre as ex-colónias, outra característica é quando emprega ou trata de temas que lhe afecta pessoalmente (lembro-me no caso de fumar e de velocidade) nestes dois últimos casos, até lhe dou razão, e concordo, excepto o carácter defensivo e pessoal aplicado) Principalmente tudo o que tenha a ver com o FCP, o comentador, jornalista, deixa a clarividência, o raciocínio, a inteligência, passa ao coração (como se é costume dizer-se) a irracionalidade e o discurso deixa de ser coerente, lógico acertado “honesto” passa para alem da razão, e estraga tudo. Outro pecado é quando fala ou escreve sobre Africa, refiro-me em especial ás ex-colónias, províncias ultramarinas, ex - Africa Portuguesa, em comparação com o resto de Africa que é muita.
Problemas com a colonização qual o país Europeu que esteve a ocupar território africano que está inocente (atirem-lhes a primeira pedra) com a descolonização e independência desses países, a “Triste Africa” ficou entregue a déspotas, á violência, corrupção, miséria moral e física.
No artigo de Sousa Tavares escrito no Expresso desta semana (06 Abril 2007) ao citar José Eduardo dos Santos parece que passa uma esponja, um branqueamento, existe alguma omissão, intencional ou não.)
O presidente de Angola em comparação aos mencionados (Bemba, Kabilá, Mobotu, Mugabe mais não sei quantos), e outros pequenos reizinhos, não é nenhum Santo, só de nome. Citando as próprias palavras do autor do artigo “Quem fica (direi ficar, estar, é uma questão de tempo e verbo) com o poder enriquecerá - ele e a sua corte; o resto da população continuará na miséria” . Isto passa-se em Angola na Guiné na maioria do continente africano (mesmo quando disfarçados de democracia, com eleições, com os estrangeiros (europeus a maioria) a darem cobertura.
Na maioria dos casos onde existiu descolonização, só foi boa para alguns ”amantes da nação”, os pseudo-políticos, pseudo-democratas e outros parecidos, que pelo poder da força e das armas, da manipulação encapotada, estão no centro do poder. (o chefe e seus capangas), O povo, esse chora, pelos antigos colonizadores (brancos antigos, pois agora são colonizados por outras cores e línguas (é mais moderno e dá mais lucro)
A nossa diplomacia, continua com paninhos quentes, continuamos, (já mencionado num artigo anterior) a comer e calar. A política europeia e em especial a portuguesa esqueceram o velho ditado “Não sirvas a quem serviu, … não peças aquém pediu”. Negociar com quem só vê interesses próprios não de um povo, não de uma nação, sendo os governantes africanos, de modo geral, uma cambada de oportunista (para não dizer outra coisa), é de facto uma tarefa difícil mas não impossível, não se podem é abaixar., aqui sim terem mais que não seja o dever moral de intervier no sentido de ajudar os desprotegidos e não os poderosos
Ainda iram culpar os portugueses, por pactuar com tais situações.
A história faz-se no presente, no dia a dia, o escrever , isso é no futuro, (mas provavelmente alguém branqueará ou inventa historias de embalar). O sofrimento é imediato, real, não se escreve não se lê sente-se. Quando passar séculos, já muito e muito sofrimento, fome e dor se passou, e palavras levas o vento, pois já muito água e sangue passou por baixo da ponte.

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