2007-04-04

Abolição de terminologia defeituosa - Reformados

Sou a favor da abolição de determinadas terminologias que ferem a dignidade dos que não se encontram em actividade plena, (que nada altera no essencial a não ser no ego de cada um), pois as más condições mantém-se e não se deslumbra melhores dias, seria um fardamento diferente.

"Reformado", não gosto desta palavra a conotação não é muito feliz. "Invalidez", outra palavra infeliz, doença, melhor define sem um tom tão pesado, (que afecta psicologicamente as pessoas) pois creio que arrasta um peso pejorativo que o estado e a sociedade querem atribuir, estando associado ao modo como trata as pessoas no seu fim do trabalho activo. "Velhice" melhor seria por limite de idade (velhos são os trapos)

Pensão por invalidez; Pensão por velhice; Pensão de sobrevivência, termos usados pelo o Instituto da Segurança Social, que logo parece marcar as pessoas. vamos substituir

"Pensionista por invalidez" (como o governo lhe atribui), aquando das inspecções médicas tem um outro termo (Incapacidade permanente, que julgo mais correcto). Deveria chamar-se Aposentado por doença = Pessoa retirada do serviço activo por motivo de impossibilidade de trabalhar ou por falta de saúde (frase politicamente correcta).
"Pensionista por velhice", para não te a o simbolismo que carrega diria Aposentado por idade = Pessoa retirada do serviço activo por limite de idade (frase politicamente correcta).
"Pensionista de sobrevivência" de modo geral utilizado para as viúvas, destinado a pessoa que nada tem e tão pouco recebe, na maioria dos casos estar no limite da sobrevivência (de heroísmo) = Complemento de solidariedade

Pensionista não será a palavra mais correcta, pois surge como uma esmola que é dada, em vez de um direito que se adquiriu ao longo dos anos de trabalho com descontos efectivos para as antigas Caixa de Previdência do Comercio, da Industria, hoje Segurança Social
Uns passaram a vida a descontar para a segurança social, aqui não será uma pensão mas sim compensação. Outros poucos ou nada descontaram e recebem pensão de integração social e outras, mas isso é outra historia para nos debruçarmos.
Porquê nos parece que os reformados (melhor dizendo aposentados) são uma casta á parte, (marginalizados por uns, abandonados por outros) Temos que dizer não é verdade.
Pessoas há, com 65anos e mais, que ainda trabalham e contribuem para a economia nacional, os que lhe é permitido, outros encontram-se na economia paralela. Quase todos, pelo facto da miséria de pensão que lhe é atribuída para sobreviverem não param de trabalhar até a saúdes lhes permitir.
Outros apesar da saúde ser um pouco debilitada, tentam encontra qualquer actividade que os prenda, que os faça sentir úteis á sociedade, mas há quem não repare nesses factores.

Neste país os reformados (aposentados) (classe trabalhadora não activa) parece que não tem razão de existir, é um empecilho, Os governantes falam que a segurança social não tem fundos que está falida ou para lá caminha, mas a má gestão as opções politicas erradas, os desvios de verbas para outras funções que não as destinadas directamente aos trabalhadores.,ninguém lembra ninguém fala.
Veja-se com o que se passa com os medicamentos, mesmo que sejam doenças crónicas ou prolongadas indefinidamente temos dois critérios que não são justos A dita doença crónica é catalogada como manual conveniente para o Estado (menos para pacientes) e as doenças prolongadas, não são crónicas pelo que não estão abrangidas. Qual o critério que preside a estas situações, será que o paciente com doença prolongada durante o resto da sua vida (indefinidamente) não é o mesmo que “doente crónico não tem direito á assistência médica ou medicamentosa, nas mesmas condições? Infelizmente parece que não, e ninguém se preocupa com tal situação “
“Doente crónico” só é aquele que tem um historial preenchido no qualquer manual elaborado por uns mais entendidos (espertos), e assim privam (proíbem) milhares de doentes utilizadores de medicamentos constantes de não terem a comparticipação devida pela parte do estado

Doente em Portugal é sinónimo rico, paga-se medicamentos essenciais à taxa de 21% do IVA, como se estivéssemos a utilizar bens de luxo, (ou não fossem essenciais ao doente) como tivéssemos a comprar perfumes, bijutarias, e outros sem número de objectos, que de facto podem ser supérfluos.
Agora criaram mais uns impostos (taxas) pois quem não está no limiar da pobreza, quem não tem o ordenado mínimo nacional (felizmente muitos) paga.
A classe politica e os governantes, e não só, podem ter vencimentos acima do vulgar cidadão com os suplementos (ajudas de custos) , almoços e jantares ás custas do contribuinte (uma refeição destes senhores provavelmente custa boa parte de um ordenado mínimo nacional, não sabem o que é contas os centimos mensalmente.
Principalmente a classe média, muitos aposentados, idosos e doentes vão sofrer no corpo, no bolso, na alimentação ( compra-se os medicamentos não se compra alimentos) remedios mais este imposto, o governo criou um eufemismo “taxas moderadoras” em vez de lhe chamar imposto sobre a doença ( ou abusos de quem e para quem)
Assim o ministro da saúde poupa na farinha (entende-se cuidados base - melhor alimentação) gastano farelo (entenda-se mais doenças, menor sáude).
Aqui já estamos novamente a falar de politicas governamentais, mas estas coisas dá que pensar... dá.

Dicionário do aposentado
Aposentado = Aquele que abandonou a actividade profissional e recebe um ordenado, vencimento
Compensação = Indemnização, modo de equilíbrio de obrigações recíprocas
Crónico = Doença que desenvolve lentamente e se prolonga, que duram muito tempo
Deficiente = Aquele que tem diminuídas a s suas faculdades intelectuais ou físicas
Doente = Que tem a saúde alterada, ou fragilizada, enfermo, paciente.
Incapacidade = Não apta a exercer determinadas funções. Á diversos graus de inaptidão
Invalidez = Situação de uma pessoa que por enfermidade é incapaz de trabalhar
Pensão = Renda vitalícia entregue pelo estado
Retirado = Ausente de funções que poderá ser permanente
Reformado = Termo mais militar utilizado para quem abandona o serviço activo
Sobrevivência = Aquele que continua a resiste (á ruína) após perda grave (esposo/ marido)
Velhice = Pessoa de idade avançada, idosa

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