2007-06-28

Museu Colecção Berardo.-Miséria

Colecção museu colecção Berardo.
Fui ao centro de exposições do Centro Cultural de Belém CCB agora designado Colecção museu colecção Berardo.
Começo por dizer que não percebo nada de arte e muito menos moderna ou contemporânea. Sou um autentico leigo, um brutinho se quiserem, para mim, um painel pintado de uma cor, ou uns riscos ou traços, digam o que disseram não é arte. são borrões.
Gosto de ver o que é belo, o que nos transmite algo, alguma coisa que se aproveitei, mais pintura clássica, moderna mais expressivas, mas cheio de curiosidade fui ver.
Que desilusão que desperdício de espaço e dinheiro está tudo louco, um Estado que diz não ter dinheiro para nada, nem sequer para mandar cantar um cego, que corta na saúde que quer cortar nas regalias sociais, gasta fortunas com coisas supérfluas.
Aquelas enormes salas quase vazias, com meia dúzia de "mamarrachos" nas paredes ou espalhada pelo chão a que chamam arte, saber que nos hospitais as pessoas se amontoam por não haver espaço, dói. O museu colecção Berardo, como é designado é um atentado á moral pública.
Aquilo é para as elites, para os intelectuais e pseudo- intelectuais, não é para o povo.
Conforme não querem que o cidadão tenha um serviço nacional de saúde tendencialmente gratuito, que tenham acesso a bons a hospitais, pois as boas condições estão destinadas só a alguns, os que tem dinheiro, o mesmo se passa com a dita arte.
Onde não existe educação, falta a instrução escolar necessária, aonde a cultura em quase todas as suas vertentes anda arredada do cidadão comum, depara-se com esta megalomania.
Venho mal disposto, percorre-se aqueles longos corredores, alguns desertos e mais uma sala e outra, com objectos e meia dúzia de telas e muita daquelas “ bela arte” pergunto porque é que não está no lixo.
Verifica-se que o sr Joe Berardo necessitava de espaço de um enorme armazém para por a "tralha", com a ajuda conhecida, encontrou solução, mas com o dinheiro de todos nós, porque se o senhor é tão rico tão benemérito, porque é que não mandou fazer um armazém, edifício, ou um museu com o seu nome e fazia o que queria e colocava os objectos que não quer ter em casa. Tinha um museu com o seu nome ponha em exposição os "trastes" que queria, mas tudo com o seu dinheiro.
Fui ver a exposição mas verdade se diga, não paguei, foi de borla, e ainda bem senão ainda chorava o dinheiro que eventualmente teria despendido.
Mas com isto tudo não quer dizer que toda a exposição é uma "trampa", á gostos para tudo, até para o que é mau.
Tem principalmente umas fotografias com interesse, direi mesmo com bastante interesse e um ou outro quadro mas poucos, para a enormidade de salas e espaços.
Os auditórios, provavelmente por ser cerca das 11.00 horas da manhã, estavam fechados.
Depois tem salas ou espaços que projectam filmes, ou documentários, ou outra coisa qualquer, com legendas mas não em português, nós sustentamos isto, e temos de ser ingleses, ou outros menos portugueses, a língua de Camões não tem valor.
È verdade, na recepção oferecem a quem o desejar um “pine” , do feitio de um coração, de cor vermelha e com a seguinte frase “culture for life”, bonito verdade, muito português, e boa vida é daqueles que vivem á nossa custa, .é tudo muito “in”
A cultura não é um luxo, só para alguns. Devia ser sim para todos, mas nem todos tem acesso, nem aos estudos, educação quanto mais Arte.
A cultura é alimento: Só o diz quem não tem fome, quem tem uma boa casa, boa comida, boa dormida bom dinheiro. Alguém imagina que numa sala de exposição de pintura, se encontra alguém com fome, que num teatro se encontra alguém que ao sair dali não tenha um local onde dormir, que alguém está num concerto ou numa opera, com fortes dores por falta de dinheiro para os medicamento ou por assistência médica condigna.
Só fala "baboseira" quem tem a barriga cheia.
A cultura é importante fundamental ao desenvolvimento de um país, faz bem ao espírito e á mente, mas não alimenta o estômago. Diriam por certo, muitos artistas que viveram na miséria, e que morreram passando fome, outros vivem passando privações por amor á arte, só são reconhecidos depois de mortos, a historia tem bastantes casos.
A cultura é um negocio,e pouco tem de arte, isto dito por um leigo que sou eu..

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