2007-12-10

Enfeites tradicionais

Arvore de Natal
Pinheiro natural
Colocado num vaso
Envolto em papel
De seda colorida
A estrela lá no alto
Pelo meio
Pedaços de algodão
Estrelas e anjos
Pequenos objectos
Pinhas e sinos
Luzes coloridas
Tarefa não concluída
Pois não podia faltar
O presépio tradicional
Imagens de barro
A sagrada família
A vaca e o burrinho
A manjedoira
Onde o menino
Se encontra deitado
O chão feito de musgo
Que se ia apanhar
Os três Reis Magos
Melquior, Gaspar, Baltazar,
Afastados do estabulo
Cada dia se iam aproximar
Camelos e outros animais
Um pedaço de espelho
Transformar-se em lago
Personagens populares
De anjos e arcanjos
Gansos e patos
O pastor e as ovelhas
O pescador e a lavadeira
O moinho e o moleiro
O cavador na eira
Montes feitos de areia
Ano após ano
Uma nova figura
O presépio ia aumentar
Um ano não ouve ritual
Perdeu-se a construção
Faltava a pessoa principal
Que mantinha a tradição

Este poema é dedicado á memória da minha tia Luísa, que durante muitos anos me encarregava de com ela construir o presépio, mesmo depois do nascimento dos meus primos, naquela casa era a tradição.

25 comentários:

  1. Com estas palavras e este poema, até eu fiz a árvore de natal em pensamento

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  2. And it was a beautiful tradition indeed!

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  3. Há sempre alguém que nos faz (muita) falta, não é?...
    Que saudades!!
    Abraço.

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  4. Tammbém aproveitei o Fim de Semana para fazer o pinheiro de Natal...
    Afinal ficou lindo...

    bjgrande para uma Boa semana

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  5. Obrigada pelo poema!
    Está excelente! E retribuo:obrigada pela visita!

    Um grande abraço e boa semana!

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  6. Pena que todos se lembrem do pinheiro de Natal e o principal seja esquecido!
    Não há Natal sem JESUS a nascer!
    Que ele possa ter lugar, hoje, em muitos corações... que não receba um "não há lugar, está cheio..." como há dois mil anos, quando foi obrigado a nascer num presépio.

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  7. Lamento a minha pouquíssima disponibilidade de tempo para poder dizer algo mais do que lhe enviar as melhores saudações.

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  8. Bonito poema de Natal
    Este ano a malta cá em casa fez o presépio.

    Um abraço
    JOY

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  9. Olá mocim...

    Que poema linda...
    Natal tempo de união...reflexão...peço a Deus que tu tenhas uma linda comemoração neste dia (todos os dias)...
    Que o espírito natalino sempre permaneça dentro de cada um de nós...
    Ho ho ho...Feliz Natal pra ti !!! rsrsrs =P

    Linda semaninha com ternura pra vc
    ...
    Beijosss...

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  10. É desta tradição em que se une toda a família que eu gosto. De que tenho saudades. Porque tios e avós já não tenho.....
    ... e o Natal agora é apenas uma corrida desenfreada ao consumismo...

    Beijinho

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  11. Há sempre alguém que nos faz saudades nesta época,falo por mim....
    Bom início de semana amigo
    Bjs Zita

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  12. Quase que arrisco dizer que se topa uma ponta de saudade nestas suas palavras sentidas...

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  13. E que bela tradição amigo, pois ate eu ainda hoje continuo fazendo o presépio e, como acho bonito e tanto gosto de inventar, pôr mais uma pedra mis um pouco de musgo...Tudo que peço 'e que todos possamos ter um Natal com o coração cheio de amor ao próximo e a nós próprios.Beijinho prateado lá do meu cantinho
    SOL

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  14. Certo estás, amigo. Há pessoas sem as quais as tradições se esvaziam... só a saudade nos preenche.

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  15. Não pelo Natal em si que considero mais uma das muitas cenas tristes desta sociedade, mas sim pelos valores que te foram transmitidos, por alguém que nessas gerações ainda sabia o que eram sentimentos.

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  16. Diga-se que era uma grande tradição e como eu gostava de fazer o presépio.

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  17. Existem sempre pessoas e factos aos quais associamos o Natal.
    Gostei deste poema feito de pequenos pormenores...

    Beijinhos

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  18. Parabéns pela tua Tia Luísa e pelo poema.

    Deixo aqui um recadinho:

    DIREITOS DOS AUTISTAS

    Esta cimeira UE/África foi muito importante para o mundo. Também tem que merecer uma reflexão para os cidadãos diferentes e famílias deste país. Os Direitos Humanos foram constantemente referidos por governantes, sobejamente repetido por José Sócrates, Primeiro-Ministro de Portugal.
    É hora de se lembrarem e concretizarem, o mais possível, os direitos das pessoas com Autismo, devidamente consignados como Carta para as Pessoas com Autismo, adoptada sob forma de Declaração escrita, em 9 de Maio de 1996, pelo Parlamento Europeu.
    Não sou muito a favor de abaixo-assinados, pouco resolvem, estão banalizados... Mas espero que os responsáveis governativos tomem um rumo nesta matéria, urgentemente, caso contrário, nós pais, os que não estamos encostados a nada, para lá da consciência de cidadãos e de pais de autistas, teremos que lutar por eles, de outra forma, demonstrando o teatro que se faz e vive em Portugal, nesta matéria, por aí...e por aqui!

    Abraço

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  19. Um poema bonita em singela homenagem à sua tia Luisa...há pessoas e memórias que ficam...


    Abraço

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  20. Meu amigo, ja fosta lá a casa buscar o selo que é teu por direito?
    É oferecido com todo o carinho.

    Beijão grande

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  21. também tenho uma tia Luisa com muita saudade.

    saudações amigas

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  22. passa-se algo estranho. não consigo increver comentários

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  23. amigo C. Valente,
    já voltei e acabo agora mesmo de fazer uma postagem no Ecos e Comentarios. Agradeço a mensagem deixada e volto, ainda hoje, para comentar esta sua postagem...Até já!

    Um abraço fraterno
    António

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  24. Aqui estou como o prometido.É interesante verificar como a memória nos molda sentimentos e este poema é de facto, ou pelo menos a mim me parece um poema sobre sensibilidade. Posso dizer que em minha casa o Natal nunca foi uma festa à qual se prestara atenção especial. Não se fazia arvore de natal nem presépio. E hoje olho essa quadra com desconnfiança e o momento onde muita gente gasta aquilo que não pode e por vezes não quer ...mas gasta. É uma "festa" de puro consumismo à qual não dou a menor atenção e tem ainda o inconveniente de me deprimir por tanta hipocrisia que gera.

    Um abraço fraterno
    António

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  25. Recoedamos sempre os que partiram, porém há ocasiões em que a ausência é mesmo, mesmo recordada em pequenos grandes nadas.
    O Presépio , lindo, na sua construção... sempre.
    Bj.

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