Na escuridão da noite
Gélida e fria
A solidão é amante
Uma amiga ou tormenta
Nunca esquecida.
O cão num latir confrangedor
Companheiro do infortúnio
Se aconchega
Uma garrafa de vinho podre
Que aquece o corpo
Turva a memoria
Um livro enrugado
Carcomido pelo tempo
Um corpo perdido
Quem é, quem foi
Presente e passado
Pouco importa
Num pedaço de cartão
Colchão de plumas
Jornais cobrem seu rosto
Lençóis de Cetim
Tempos passados
Oriundo de lado nenhum
Pele impregnada de sujidade
Ou de marcas da vida
Incógnita personagem
Foi poeta ou escritor
Operário, estivador,
Escriturário ou doutor
Será gente?
O que foi, já não é
Ser humano é certamente
Lembranças que se perdem
Será sua a indiferença
Ou o alhear do mundo
Gélida e fria
A solidão é amante
Uma amiga ou tormenta
Nunca esquecida.
O cão num latir confrangedor
Companheiro do infortúnio
Se aconchega
Uma garrafa de vinho podre
Que aquece o corpo
Turva a memoria
Um livro enrugado
Carcomido pelo tempo
Um corpo perdido
Quem é, quem foi
Presente e passado
Pouco importa
Num pedaço de cartão
Colchão de plumas
Jornais cobrem seu rosto
Lençóis de Cetim
Tempos passados
Oriundo de lado nenhum
Pele impregnada de sujidade
Ou de marcas da vida
Incógnita personagem
Foi poeta ou escritor
Operário, estivador,
Escriturário ou doutor
Será gente?
O que foi, já não é
Ser humano é certamente
Lembranças que se perdem
Será sua a indiferença
Ou o alhear do mundo
Penso que é um misto da sua indiferença e do alhear do mundo... e é isto que me dói... porque de um ser humano se trata...
ResponderEliminarMuito bonitas estas tuas palavras.
Um abraço
A solidão do presente, a contrastar com um passado onde essa solidão não era tida em conta...
ResponderEliminarDor que parece não doer, mas que é sempre dor...
Beijinho
O que mais penaliza é ver como estão a aumentar estas situações.
ResponderEliminarTanta gente a viver sem lar e a par com a solidão que a vida impõe.
É triste
bjgrande da madrugada
Bom dia...
ResponderEliminarJá coloquei o Post, conforme prometido
bjs
Mais um poema que nos fala de outro flagelo social que começa a aumentar a olhos vistos.
ResponderEliminarBoa escolha.
Mais uma vez duro e cru.
ResponderEliminarAinda estamos numa época em que a inda é mais dificil encarar estas questões.
gostei do poema ...
ResponderEliminaros "sem abrigo" ...
quem são??? e porque são???
bjs
Hmm, what a very difficult poem! Difficult because it is so visual! You really make us think.
ResponderEliminarPalavras bonitas para com "os Sem-abrigo".
ResponderEliminarUm abraço.
Numa sociedade cada vez mais individualista, estas situações agravam-se e os olhos de muitos fecham-se para as realidades que incomodam. Quem descer ao terreno, onde estas situações se encontram, ficará com toda certeza espantado com o passado de muitos destes homens e mulheres que simplesmente parecem ter desistido de viver e de lutar.
ResponderEliminarAbraço do Zé
Amigo CValente,
ResponderEliminarExcelente poema sobre os esquecidos desta sociedade
Sinceramente ,Gostei
Um abraço
JOY
Oie meu amigo! Lindas palavras pra retratar um triste mal da humanidade. A desigualdade social e seus comprometimentos psicológicos...
ResponderEliminarBom fim de semana!
Beijos
Belo texto, uma realiadade cada vez mais frequente, uns empurrados para ela, outros por vontade própria, desistem.
ResponderEliminarMas será que no fundo de tudo, a nossa indiferença, mesmo quando damos o pouco que temos chega? Será que não poderiamos fazer mais, pois não sei...
E, isso deixa-me triste, quem sabe se um dia não serei dos que desistem...
Uma visita antes da partida.
ResponderEliminarVoltarei em Janeiro.
Boas Festas.
Um abraço
Coisas da vida e da cidade grande...
ResponderEliminarTão longo o cais, tão pouca a bonança!
Abraço
Maria Mamede
Mais um bonito poema de alguém que observa atentamente o mundo e o traduz em palavras quase fotográficas!
ResponderEliminarAquele abraço infernal!
Às vezes existe solidão até numa casa cheia... quem bem pensar...
ResponderEliminarAcho que todos temos que pôr a mão na consciência, uns de uma maneira, outros de outra.
Bom fim-de-semana
Fa-
.
ResponderEliminarFascinante, tão somente! ^^
Abraço!
.
Se soubessemos quantas sombras de identidades perdidas e até esquecidas nos alçapões da vida, desta vida que não escolhe quem nem quando...engole, sem dó.
ResponderEliminarUm abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarOiiii mocim...
ResponderEliminarVim desejar um maravilhoso final de semana super terna pra ti...
PS: Indiferença machuca mto quem a recebe...
Beijosss...
Querido amigo C Valente, retrata tão bem este flagelo da sociedade, que tende a aumentar.
ResponderEliminarSó de o ler estou com o caração pequenino e sem palavras.
Desejo-lhe um bom fim de semana.
Muitos beijinhos,
Fernandinha.
Obrigada pela sua nomeação.
Está aceite.
Cada vez mais os encontramos estendidos numa qualquer arcada, fragil abrigo, desto cidade.
ResponderEliminarTristezas por vezes de uma vida anteriormente tão cheia de tudo. Cada um sua história.
muito bonito
Beijinhos
BF
Hermoso poema, buen fin de semana, abrazos desde Bell Ville, Córdoba, Argentina.
ResponderEliminarParabéns pelo seu belo Post! Foi uma enorme honra conhecer o seu blog! Bem haja!
ResponderEliminarAbraço,