2007-11-20

Dinossauros da politica

A política deveria ser por vocação, e não por profissão, acontece que a maioria dos nossos parlamentares são políticos por profissão deputados por categoria, o que desvirtua e chegamos ao ponto que estamos. Descontentamento, descrença,
Temos um parlamento onde se encontra deputados com mais de 10 ou 20anos na sua cadeira confortável.
Talvez por isso, e não só, temos tão maus deputados, pois encontram -se agarrados ao lugar e por vezes sentem-se superiores e afastados da realidade, quando não uns meros joguetes das cúpulas
Há pessoas honestas e não querem entrar na politica , simplesmente pelo lamaçal existente e não é por uma Questão de dinheiro (isso apregoa o profissional) mas porque são pessoas com vontade própria e querem exercer essa função por gosto, com sentido de estado e de servir o próximo, com verticalidade e não subserviência partidária, ter voz e alma própria, e para muitas cúpulas não interessa, o importante é o servilismo mesmo que medíocre.
Veja-se o limite de mandado para o Presidente da Republica, existe, assim como para os presidentes de câmara, mas não existe limite para deputados e porquê?
Ora a habituação e viciação e tudo aquilo que os próprios disseram quando por exemplo no limite para as autarquias, (como é costume dizer-se, fazei o que eu digo, não fazei o que eu faço), e então estão agarrados ao lugar, e o que é valido para os outros não querem para eles.
Faça-se igualdade, que as leis e princípios seja igual para todos, (pois é depois lá se perdiam o tacho e as mordomias, a reforma que pode ser acumulada com outros privilégios é só para alguns, os senhores parlamentares.
O nosso sistema parlamentar tem de ser urgentemente alterado
Os deputados do partido no governo não estão ali só para apoiar e dizer sim ao governo, a função deles é fiscalizar, alterar, corrigir, independentemente de ser ou não o seu partido.
Outra situação (lirismo) porque não se cria uma lei que obrigue os partidos a cumprir, o seu programa eleitoral e o seu programa de governação deveria estar em conformidade e ser executado, Competiria ao Presidente da Republica também democraticamente eleito ser o fiel zelador desse cumprimento.Quem promete cumpre.
Renove-se os quadros políticos, ouve-se falar muito, faz-se pouco.
Assim temos caquécticos, dinossauros, maus deputados, entram mudos saem calados, servem para fazer número do partido, sem pensamento próprio, sem ideias, e sem defender os seus eleitores, mas profissionais da política, mais deputados, assim não fiscalizam os governos, o que permite a estes fazerem pura e simplesmente o que entendem, mesmo que descurem os princípios ideológicos (será que ainda existem?) e o seu programa eleitoral.
Para que serve a politica e um parlamento onde muitas das vezes só se trata o supérfluo em discussões por vezes estéreis em vez de se tratar do fundamental. O bem do país e do cidadão,


A falta de verticalidade e honestidade de muitos políticos é uma nódoa negra na democracia, e só leva á descrença do cidadão em qualquer país civilizado.

PS.

Haver eleições não é sinonimo de democracia, como muitos apregoam, no tempo de Salazar, havia também eleições, Hitler, também foi eleito, na América Latina e em Africa, em que muitas nações as eleições são tão democráticas como no tempo do fascismo, ganha sempre os mesmos. O jogo está viciado
E como numa boa ditadura ou onde domina a corrupção e vigarices com tentáculos de polvo o difícil é provar. A falta de democraticidade que existe, existe.

25 comentários:

  1. Olá, obrigado pela visita.
    De política não gosto, mas vou dizer ao Quintarantino (o meu pai) que você escreve sobre isso. Para ele vir aqui.

    ResponderEliminar
  2. depois volto para comentar..

    Por ora fica aqui e no meu blogue um desafio: colocar um excerto da pagina 161 de um livro..

    ResponderEliminar
  3. Entra e sai ano e não muda nada! A pplitica é sempre a mesma, pois não há ideologia. Democracia? Onde?

    Obrigada pelo teu carinho

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  4. Apenas para dizer que subscrevo na totalidade o seu discurso.
    Um abraço

    ResponderEliminar
  5. Tk´s por gostares do meu blog dos mitos urbanos. Vai aparecendo por lá. e passa tb pelo outro, em que nada do que lá digo é verdade.

    http://novos-mitos-urbanos.blogspot.com


    http://men-tira.blogspot.com



    .

    ResponderEliminar
  6. Veja-se o caso de Hugo Chávez...

    ResponderEliminar
  7. POIS MEU CARO DINOSSAURO

    A VIDA NÃO É FÁCIL

    MAS... COMO NÃO PODEMOS MUDAR DE POVO...OS POLÍTICOS QUE TEMOS SÃO
    ELEITOS POR SI POR MIM POR TODOS NÓS - ISTO É - QUANDO ESTAMOS OU NÃO ESTAMOS DE ACORDO - TEMOS A LIBERDADE DE ARRAZAR TUDO E TODOS

    MAS A OBRIGAÇÃO DE APONTAR

    ALTERNATIVAS

    OU ENTÃO...VIVA O BENFICA

    ResponderEliminar
  8. Caro C Valente, bastava eles poderem ser despedidos por incompetência, que já era uma grande melhoria. O chato é que estavamos sempre em eleições, por causa dos sucessivos despedimentos colectivos. Um abraço!

    ResponderEliminar
  9. grato pela visita e pelo estimulante comentário. passarei a frequentar o teu blog. que me parece de interesse...

    ResponderEliminar
  10. E não se pode exterminá-los?
    Um abraço, para si, não para essa cambada.

    ResponderEliminar
  11. Era preciso mudar muita coisa, de facto...trabalhemos para isso...um abraço...

    ResponderEliminar
  12. Somos quase contemporâneos; talvez por isto, pensamos de forma semelhante. Sei que não vai servir de consolo, mas esta situação não ocorre apenas em Portugal. O pior é que, quando há eleições, é o povo que escolhe; e a corja continua. Isto é: ou educamos o povo, ou em breve os dinossauros seremos nós... :(

    ResponderEliminar
  13. Até poderia sugerir uma coisa... Ora, em cada distrito, a eleição dos deputados é feita em termos de percentual. Isto é, num determinado distrito existem não sei quantos mil habitantes, e portanto para “defender” esse número de habitantes serão necessários X deputados. Chegam as eleições e um partido tem Y% de resultados, o outro Z% e outro M%. Agora, que tal “valorizar” a chamada abstenção? Ou seja, um determinado distrito “perder” o número de deputados porque as pessoas simplesmente não votam. Aí de certeza que davam mais atenção aos seus eleitores e aos seus problemas… Cps

    ResponderEliminar
  14. Obrigada pela sua visita.
    O mal e' a democracia. Esta' velha e gasta. Chega nos dos Gregos e com pouca historia de sucesso.
    O problema e' que nao vejo outro sistema para a substitur. Parece que temos que nos resignar a "do mal o menos"
    E quanto aos senhores deputados? porque nao limitar os mandatos?
    E o pior de tudo e' que tambem acho que temos os politicos que merecemos. Sao o nosso espelho.

    ResponderEliminar
  15. De acordo.
    Muito mau estarem as pessoas erradas no lugar errado...

    Obrigada pela visita.
    *

    ResponderEliminar
  16. tens um prémio para ti no meu Blog. Podes ir buscá-lo.

    Beijos

    ________


    p.s.: ainda não li o teu texto; volto mais logo para o comentar

    ResponderEliminar
  17. A nossa democracia será sempre mal servida pelos políticos que se eternizam nos partidos, afastando-se cada vez mais da realidade em que vivem os cidadãos que acabam por os eleger. Também sou frontalmente contra a "profissionalização" dos políticos.
    As eleições onde as alternativas são sempre as mesmas não passa de um ritual em que os dados estão viciados à partida. Ideologia e princípios não são apanágio da nova classe política, e há muito que os interesses dominam a acção da classe, em geral.
    Eu voto por isso, em branco.
    Abraço do Zé

    ResponderEliminar
  18. Grato pela tua visita ao meu canto e comentário.
    A tua crónica, noutro caminho, atinge o mesmo. Há imensos humanos convencidos que o mundo gira à volta do próprio umbigo,
    concluindo que o seu caminho é o unico.
    Fica bem

    ResponderEliminar
  19. A perpetuação no poder de dirigentes políticos é um clássico digno de ser estudado. E ela existe nos mais diversos patamares da política. Local, regional e nacional. E o mais curioso é que há muitos dos de segunda linha de quem não se fala e que lá andam há anos...

    ResponderEliminar
  20. O fiscalista Medina Carreira pôs o dedo na ferida ao referir que a democracia em Portgal é uma brincadeira, porque os governos passam metade dos mandatos a tentar dar a volta às promessas que fizeram nas campanhas e a outra metade a preparar as promessas da campanha seguinte, tudo sempre em função das eleições e da defesa dos seus próprios interesses e dos interesses dos amigos. Não há ilusão quanto a isso!

    Um abraço!!!

    ResponderEliminar
  21. bom dia, uma passagem rápida, volto para ler o texto!

    ResponderEliminar
  22. Que fazer?
    Tentar melhorar dia a dia. Você já viu se nos tem saído o H Chavez na rifa?
    "temos petróleo para cem anos!!!".Estava , mesmo a chamar-nos pobres, não?
    saudações amigas

    ResponderEliminar
  23. Não tenho mesmo tempo para ler o que escreveu com a atenção que merece, por isso voltarei depois para ler atentamente.

    No entanto, quero agradecer-lhe a visita! Volte sempre! Um beijinho!

    ResponderEliminar
  24. Valente!
    Pareceu-me estar lendo uma crítica política aqui, do Brasil. Vejo que os problemas são os mesmos em todo o mundo, os políticos são iguais, feitos do mesmo couro escorregadio.
    sinceramente, não sei se tem remédio para isso?
    Ótimo Blog, parabéns.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  25. Concordo com a abordagem
    que espelha a realidade
    isto merece uma viragem
    não pode ter continuidade

    ResponderEliminar