2007-10-19

Nova mentalidade dos jovens face ao emprego?

Hoje por razões pessoais tive de ir ao hospital, consulta marcada para as 8,45horas, como é habitual , fui atendimento pelas 10,45h. Hora aproximada que chegou o médico, mas o importante desta crónica é o desenrolar de uma conversa de elevador entre duas jovens de cerca de vinte e poucos anos.
Independentemente das conversas, que deixaram de ser privadas passando para o conhecimento publico, dado não se coibirem de conversar de modo a terceiros ouvirem, pelo que não é confidencia, aliás pouco me interessava pela conversação das duas jovens, mas ouço dizer uma a para a outra entre outras conversas que nada tinha de especial.
Então não sabes já estou efectiva, o que a outra logo com um grande sorriso de deu os parabéns (e nesta época pensava eu que também era uma boa noticias) mas respondeu logo a amiga, parabéns porquê eu não penso cá ficar muito mais tempo e então deu uma frase que é o significado de muita coisa, Estou á procura de outra coisa (o que seria positivos, a outra admirada ainda retorquiu então á quanto tempo estás cá, estou a três anos, mas não quero ficar aqui para biblou. Estou a tentar ir para outro lado por isso não é importante ter passado a efectiva, o que a outra retorquiu, mas não me tinhas dito nada, pois como não achei importante e há tantas amigas, que não o sabem, estou á espera de ir para outro lado e ao fim de três anos mudo para outro, não quero ficar muito tempo em lado nenhum. Estar mais que 3 ou 4 anos no mesmo sitio é uma chatice.
Com o desenrolar da conversa que tinha começado no Hall á espera do elevador continuou. Sabes eu trabalho em arquivo e movimento, (escritórios) e não estou para me cansar muito, ao que a outra respondeu, mas não estás bem, estou, mas tu é que sabes, e se não te deres bem, não é importante de qualquer maneira ao fim duns tempos espero mudar assim arranje outra coisa, que é o que estou á espera aqui.
Será esta a nova mentalidade dos jovens, não se querem afirmar no seu posto de trabalho, não querem criar raízes, não pretendem trabalho, e começamos a acreditar deixou de o ser para se transformar em mero emprego (o que não é o mesmo)
Conclusão será que os jovens preferem trabalhos instáveis, será que estão a querer dar razão ao patronato,
E qual a opinião dos sindicatos que reivindicam exactamente o contrário, será que se mantêm a mentalidade de á muitos anos, com dirigentes que não conhecem as novas realidades. Não sei no meu tempo e não sou assim tão velho quanto isso, e pelo que escuto, será esta situação uma excepção e não regra?
Pergunto será que esta jovem é o espelho de muitos outros, não sei pois também tenho o caso de um filho de um amigo, que prefere trabalhos temporários do que um trabalho fixo, de longa duração.
Não sou nem nunca foi empresário, ás vezes patrão de mim mesmo, mas será que esta juventudes quer trabalhar e não só receber um salário, ser bom naquilo que faz, assim como é que podem desempenhar uma boa função no seu exercício da sua actividade,
Que me chocou esta atitude, é um facto, e vem á memoria aquela provérbio “ Dá Deus dentes a quem não tem nozes”, depois ouvimos que tantos jovens desejam um emprego, seguro, efectivo e não contratos a prazo,
Verdade se diga a outra colega, que parecia ter outro modo de agir dizia que estava á quatro anos ali, queria continuar, e sorria.
Se não fosse real seria anedota, e lá seguiram viagem no elevador depois de virem de tomar o seu café da manhã pelas 10,00h quando eu também vinha da cafetaria, depois de estar um bom tempo á espera pelo médico .

Bom Fim de Semana a todos

19 comentários:

  1. Pela minha profissão, recebo bastantes candidatos a emprego. Nem imaginas a quantidade deles que faltam à entrevista e nem justificam o ocorrido. Das duas uma, ou há empregos em excesso, ou vamos ter muitos joves a reclamar que não conseguem EMPREGO em lado nenhum...

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  2. A inconsciência da jovem paga-se mais tarde quando tiver 40 ou mais anos de idade e vir que as portas se fecham na sua cara. O profissionalismo está em risco com esta rotatividade excessiva do pessoal, e isto já se começa a notar em muitas tarefas necessárias onde a iniciativa e o poder de decisão são necessários.
    Cumps

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  3. Amigos, estou percorrendo os blogs participantes da campanha contra a miséria, pedindo voto para o nome do blog Universal. Fico aguardando a sua escolha, se puder ser um único nome, poderia deixá-lo no meu blog ou da Silêncio Culpado.Abraço grande.
    1- "GRITO NO SILÊNCIO"
    2 - "VOZ DE UM POVO"
    3 -"ECOS SENTIDOS"
    4 -"CONTRA POBREZA: MARCHAR...MARCHAR !"
    5 -"MARCHA DOS DESCAMISADOS"
    6 - "NADA QUEREMOS VOSSO"
    7 - "OUçAM"
    8 - "PALAVRAS EM ARMAS"
    9 - "S.O.S MISÉRIA"
    10-"FOME NUNCA MAIS"
    11 - "VOZ DO SILÊNCIO"
    12 - "GRITO DAS VOZES CALADAS"

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  4. Eu quero acreditar que se trata de um acto isolado. Que não há muitos jovens com essa maneira de pensar.
    Afinal, o desemprego continua a aumentar e, mais tarde ou mais cedo, essa jovem será atingida pela situação. A não ser que tenha uma rectaguarda que a apoia, os pais e/ou família, e ela possa estar uns tempos sem ganhar dinheiro, mas é uma situação que não dura sempre.
    Ou então.... ou então.... que largue o lugar, sim, e que seja ocupado por alguém que queira, de facto, trabalhar...

    Um abraço

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  5. Amigo Valente, ele anda por aí gente esquisita. Até no domínio do que relata. Mas mais importante que isso, da consulta tudo bem... espero eu.

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  6. Meu Bom Amigo Valente,

    Compreendo a sua estupefação e, lendo este seu testemunho, não posso deixar de lhe transmitir uma opinião, formada ao longo dos muitos anos em que trabalhei como técnica superior de emprego no Instituto de Emprego e Formação Profissional.
    Para perceber a minha opinião, conto-lhe uma passagem desses tempos que, infelizmente, é igual a muitíssimas outras passadas.
    Estava eu a atender o público desempregado que acorre ao Centro de Emprego quando me aparece um jovem que ali se dirigia pela 1ª vez. Informou-me que se queria inscrever para emprego. Perguntei-lhe em que profissão se queria inscrever, atentas as suas capacidades ao que ele me respondeu simplesmente: "não sei".
    Brincando um pouco, por forma a descontraí-lo, retorqui que a profissão denominada "não sei" não existe pelo que ele teria que, pelo menos, informar-me do que gostaria de fazer em termos profissionais ou que profissão gostaria de aprender. Nesse instante, ele foi rápido no "gatilho: " quero uma profissão igual à sua porque não me quero sujar". Não pude deixar de sorrir e, sempre fui dizendo: "pois, mas para isso tens que voltar a estudar". Aí, o rapazinho não gostou da conversa e lá foi dizendo: olhe, inscreva-me numa profissão qualquer, de preferência onde ganhar mais dinheiro...".
    Meu amigo, este quadro é real. As nossas escolas e muitas das nossas famílias não preparam os nossos jovens em valores, a nossa sociedade está doente...
    A lri do menor esforço impera.
    Teremos que, todos nós, sempre que possível, ajudarmos os nosso jovens a verem a vida com outros olhos, de preferência com outra responsabilidade, ou... será que não?

    Beijo e Bom Fim de Semana.

    Maria Faia

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  7. CValente,
    o que essa jovem demonstra é pura inconsciência. Senão vejamos, ela ficou efectiva num hospital público, portanto tem vínculo à função pública, só que o que ela desconhece ou pelo menos parece é que neste momento o vinculo dos trabalhadores do Estado tem tanto valor como um emprego no sector privado ou seja, nenhum.
    Existem pessoas que só quando "partem a cara" é que acordam. Espero que essa jovem acorde a tempo.
    Beijinhos e bom fim de semana

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  8. Situação completamente paradoxal no mundo em que vivemos. A jovem estará senhora das suas faculdades?!
    Actualmente não existe praticamente emprego, as máquinas substituem as pessoas, que por seu lado se transformam em meras peças de máquinas. Precariedade é a palavra da "moda" e esta moda é muito barata. Serve a patrões e empregados.
    Dura realidade!
    Saudações amigas

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  9. Bom Fim de SEmana, meu Amigo.


    Quanto ás jovens, prefiro não comentar.
    Realmente também não saberia o que dizer.
    é com conversas destas que ´´as vezes acordo para a realidade e penso que se calhar ando eu e meio mundo enganado, em lutar pelos direitos dessa gente...


    abr...prof...

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  10. Inconscientes.
    Jinhos e bom fim-de-semana.
    ^..^

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  11. mentalidades...

    Espero que a consulta lhe tenha corrido bem.

    Amigo valente, Bom fim de semana.

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  12. Vou voltar, com tempo para te ler e comentar.
    Agora venho dizer-te que ontem contemplei um quarto crescente com uma luz esplendorosa, estava tão belo como uma lua cheia e tocou-me, como um se de um bom presságio se tratasse...
    Que essa luz te ilumine sempre.

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  13. bela reflexão!

    essa tipa se não passasse a efectiva estaria a queixar-se na mesma á amiga...

    enfim...

    bom fim se semana!

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  14. e tanta gente a lutar por um emprego! Inconsciência, irresponsabilidade, imaturidade...não se compreende mesmo o que essa jovem pretende.
    Beijinhos

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  15. Pois, digo eu q isso acontece muito mais do q se pensa... a luta contra a miseria q até estão a fazer campanha e q tão justa e nobre parece mas a mim revolta q muitos parece q vivem na miseria pq acham q tudo devia cair do céu e/ou dos governos =(
    Eu sou bastante nova, o suficiente p dizer q o meu 1º emprego foi a recibos verdes... mas sou suficientemente velha p dizer q felizmente me esforcei e mereci q ao fim de pouco tempo me convidaram p 1 contracto e q me efectivaram pois eu q queria mais da minha profissão e queria 1 carreira mais relacionada com os meus estudos, mas o q fazia, fazia-o com brio e com empenho!
    Assim fiquei efectiva numa empresa privada, e mudei o rumo da minha vida pra sempre... andava eu a estudar pra profa... mas acabei por nunca o ser... nem nunca trabalhei assim p o estado... e percebi q quem se habitua ao ritmo e à exigencia de alguns privados, dificilmente entende e aceita o espirito do "publico" e das pessoas de todas as gerações, pois são de todas infelizmente, q querem fazer qq coisa "limpinha e q se ganhe muito dinheiro"... alguns dizem mm ainda na escola q nem sabem p q andam a estudar?!?... francamente... se eu tivesse enveredado pela carreira de profa... hoje ainda estava mais frustada e desanimada do q o q estou com as mentalidades q temos e com o q somos... sim pq isto é a "media dos portugueses" =(
    Nem nunca quis saber de sindicatos... mas pra quê?... greves não ajuda à produtividade... e o q queremos é q a malta esteja motivada e q trabalhe e isso cabe claro às entidades patronais, mas principalmente aos trabalhadores p terem brio e orgulho no q fazem e no dinheiro q ganham!...
    Mas "o espirito do dinheiro fácil e do maná caido do céu está na moda"... e não sei se algum dia vai deixar de estar?!... Há quem estude mas com a unica motivação de 1 qq diploma, há quem trabalhe mas p ganhar o mais possivel sem se sujar... de preferencia sem trabalhar... eu olho pros meus pais e vejo pessoas q tinham orgulho em ser efectivos quer no publico quer no privado, pois tenho os 2 exemplos nos meus progenitores... mas eles até acho q foram exemplares demais até pr'a época deles... e fizeram de mim uma insatisfeita pois na minha geração ou na anterior ou porterior à minha, vê-se 1 bom exemplo entre milhares de "mirerias q só querem é cafezinho e cigarrinho e atletismo"... como quem diz passeio entre o bar e o café e a esplanada!
    Bom fds e bem haja!

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  16. a necessidade de afirmação, não a terá feito dizer isso? eu penso que muitas vezes, têm "medo" dos comentários e caem no ridiculo e contra-senso, na própria avaliação! e qualquer forma é preocupante o dia de amanhã.

    bom fim de semana

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  17. A conversa é muito curiosa e representata um desses "gags" do nosso quotidiano. Obviamente que a junventude tem um tipo de relação muito diferente com o trabalho, contrastando com a educação que tivemos. Quando alguém de responsabilidade diz queactualidade nada é seguro e ao longo da vida pode-se mudar mais de 20 vezes de trabalho está tudo dito. E então esta afirmação bem poderia ser o rectrato da nossa futura condição de viver. Se me perguntarem que acho eu direi: é HORRIVELl!
    No entanto e na visão pouco informada destas rapariguinhas do elevador, devemos de ter em conta o reflexo de um novo paradigna de adolesciencia...esta agora mudou de anos. Agora parece que se increve nos 30 anos. E nos casos anormais para mais tarde.

    Um abraço e Bom fim de semana.
    António

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  18. Rafeiro Perfumado
    È de facto uma tristeza ver ceryta juventude, felizmente não toda , que preferer andar bem na moda, passear nos centros comerciais e discotecas , o futuro nada lhes diz
    O Guardião
    A empresa onde estava e sai por razões já conhecidas , para o meu lugar foram mais dois jovens e, mesmo assim todos se queixam do serviço por eles prestado, e que era feito por um passou a ser feito por três e mal
    Crítica e denúncia
    O meu simples contributo, nasa é para agradecer
    Maria
    Penso que não será tão isolado assim , se bem que a atitude da outra jovem foi mais ponderada
    quintarantino
    Felizmente exame de rotina tudo Ok, obrigado
    Maria Faia
    O que me conta mais me entristece, e reforça a minha tese
    Carminda Pinho
    Como também o disse dá Deus nozes a quem não tem dentes
    Savonarola
    Mas esta jovem parce que entende um emprego permanente como uma coisa chata, uma peça de móvel que ali não quer estar muito tempo, Será que aprende?
    NuNo_R
    Ás vezes a realidade é poior que o filme
    LopesCa
    Inconscientes. Será?
    Tiago R Cardoso
    Tudo bem obrigado, rotina
    Baby
    Que a boa estrela sempre te guie. E que acompanhe os nossos amigos e amigas
    adrianeites .
    Concordo que assim seja
    Sophiamar
    Irresponsabilidade, imaturidade será só isso??...
    lopesz
    Se tudo o que fizermos, as funções que desempenamos se faz com brio profissional, tudo é honroso.
    Os sindicatos, na sua maioria tem profissionais de” sindicato “ em que anos e anos não sabem como já se encontra a vida laboral, pois não a praticam, e conheço alguns casos.
    A grave, não é a chave dos problemas, se bem que necessária, com conta e medida
    inês
    Não seria o caso , até porque era um dialogo a duas pessoas conhecidas
    ANTONIO DELGADO
    Nada é como dantes e a sua analise segue nessa linha , pena é que quando certos jovens derem por isso é tarde

    C Valente
    A todos desejo uma boa noite, cumprimentos e saudações amigas

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  19. Tenho profunda noção que existe na juventude uma sensação de eternidade que a leva a poder deixar sair para a rua pequenos extractos de conversas como esse.
    Mas há muita gente que assim não pensa, que luta e como luta.... e como eu lutei pela minha área, pelo que queria fazer. Tanto lutei que hoje odeio a área escolhida que me corre a pontapé apenas porque a minha idade não permite responder a N pedidos. 39 anos.
    Já fui efectiva. Já aprendi que isso nada vale... Já tive colegas que hoje se aguentam sem mudar, sem lutar por algo mais, porque o ordenado paga a casa e a comida dos filhos...
    Há muitas facetas nesta coisa de "n querem trabalhar". Há talvez a excepção que confirma a regra. A escola que n tem mãos a medir e se demite de nos ensinar que lá fora é duro. Há a adolescência que será sempre inconsequênte.
    Não seremos nós, pais, educadores... que ainda n descobrimos a fórmula certa p ensinar que "é de pequenino que se torce o pepino" de uma maneira que n se entre na ratoeira do que é ser-se jovem numa época que mal o permite...?

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