I
Sono agitado e inquietante
de insondáveis sonhos
Depara-se num mundo de
manchas indistintas
Como uma linha escura e
difusa se apresenta
A essência das coisas se
esfuma na mente
II
Algo de estanho e
surpreendente em pesadelo
Uma cena de inferno, é
apresentada, e outra
Num clarão fantasmagórico de
cor sangrenta
Imagens terríveis num
rodopio conjuradas
III
Pela rua ingreme, irregular
e traiçoeira marcham
Num matraquear de passos em
botas cardadas
Com empedrado salpicado de
suores e sangue
Rostos escancarados em expressão
animalesca
IV
Procurando causa profunda em
torno de um vazio
Confiando no destino sem
convicção aprofundada
Enormes maciços de pedra
esbarram no caminho
Sensações de impotência e
pequenez se conjugam
V
Abrindo os olhos de uma
forma abrupta entre lufada de ar
Janelas aberta de par em par
com farrapos feitos cortinas
Descortina-se um mundo de
indiferença e infinita infelicidade
Rostos velados pela
madrugada até ao alvorecer dos dias
VI
Suave silvo de piedade em
manto de conforto constante
Um rosto na multidão do
nada, deslocado do local e tempo
O sol tenta banhar todo o
espaço em fragmentos de cores
Contemplar o brilho e sombra
num recanto de paz e silêncio.
Passei para o visitar amigo!
ResponderEliminarSaudações!