Fluorescência
reflecte podridão do
charco
A manta cobre a miséria de
quem passa
Na madrugada sem-abrigo
domina a rua
Na escuridão do dia, a noite
torna-se bênção
Sem lamúria resiste
a mais uma noite fria
Com a sombra vagueia a
solidão e o sonho
Forças estranhas compõem delicada
sinfonia
Uns farrapos cobrem amargo e
triste sorriso
Espelho negro que a imagem
não reflecte
Vagabundo do dia, amante da
madrugada
Calcorreando a cidade com poiso definido
Parcos haveres, tesouro de
vida destruída
Voluntariado de sopa
alimenta-lhe o corpo
Riqueza, pedaço de cartão,
folha de jornal
Debaixo de alpendre, paragem
de autocarro
Descansa um guerreiro de
outras jornadas
gostei muito de ler o teu poema.
ResponderEliminarabraço, meu caro amigo
Gostei do poema e prometo voltar depois duma ausência prolongada.
ResponderEliminarCumps