Calcorreando a calçada descalça
Pedras despidas, ensanguentadas
Quanta multidão chora amordaçada
A miséria graça nos rostos enrugados
Bandeiras brancas,
negras e velas acesas
Procissão de idosos
arrastando seus corpos
Caminhantes de um calvário
que não tem fim
Crianças pela mão dos
avós também choram
Marcha
de funcionários públicos, de sapato roto
Desempregado,
herói sobrevivente na amargura
Tanta
gente espezinhada na insegurança e medo
Constrangimento estampado na
fase do
reformado
Desfile embocando em largo
fortemente armado
Escudos, viseiras força policial
pronto na acção
Palavreado protegido jorra do varandim do palácio
Governante no pedestal porta-se
como um charlatão
abraço, meu caro amigo
ResponderEliminarprazer sempre visitar este espaço