Contra as rochas, o rebentar das
ondas
Nem o frio nem a geada afasta o
homem
Salpicos de água salgada banham o
rosto
Olhos
fixados num horizonte perscrutam
Entre
o borbulhar da espuma e lixo
Fragmentos da vida
se espalham
Lágrima
silenciosa escorre na face
Sabor
amargo e doce se confundem
Entre
o barulho ensurdecedor das ondas
Onde
um monologo surdo se desenrola
Imagem do vazio
apodera-se do quadro
Quebrado
pelo ladrar de um cão vadio
Assolam fantasmas vindos do nada
Nevoeiro
cinzento-escuro se levanta
Caravela
de velas e mastros partidos
Imóvel
na visão trazida de lágrima e dor
O tempo inexoravelmente vai-se esfumando
Nuvens
movem-se lentamente quanto a vida
Casco
velho naufragado perdido no desespero
Amarras
de outrora vão perdendo o seu vigor
Insustentável
austeridade leva ao desespero
Fortes
ventos vindos do Norte trazem borrasca
Desprotegido,
inseguro no meio de tanto atropelo
Nesta
governação, justiça social uma fantochada
Sem dúvida, muitas vezes é assim que nos sentimos! Meu abraço, amigo; boa semana.
ResponderEliminarabraço, caro amigo...
ResponderEliminara poesia "como arma".
gostei de ler
Estamos todos desprotegidos em face das ameaças de quem nos desgoverna.
ResponderEliminarAbraço do Zé
Estamos todos desprotegidos em face das ameaças de quem nos desgoverna.
ResponderEliminarAbraço do Zé
♡¸.•°
ResponderEliminarOlá, amigo!
Muito lindo e inspirado, você usou imagens poéticas muito bonitas.
Quando comecei a ler, pensei que era um poema de amor não correspondido, só nos últimos versos é que percebi que era sobre essa mórbida política que nos sufoca.
Boa semana!
Beijinhos do Brasil
✿ °•.¸♡¸.•°✿