2009-03-05

Olha a crise

Crise, crise, crise só se ouve falar
Desemprego, fatalidades desespero
Fabricas, comercio a encerrar
E acções politicas, é falar falar falar

Inventa-se crises, desculpas e razões
Os vampiros se estão á aproveitar
Uns não pagam salários sem razão
Outros despedem até á exaustão

Empresários dizem-se aflitos
Trabalhadores, fome paira no ar
Governantes criam paliativos
Soluções eficientes tardam a chegar

Despedidos inesperados e esfarrapados
A desculpa é a falta de encomendas
Mentiras sempre presente dos salafrários
Trabalhadores, vitimas sem que os defenda

Más noticias, roubos, crime e miséria
As televisões têm abertura principal
A insegurança que o país atravessa
Nada de bom para levantar a moral

Economistas, comentadores dão palpites
Senhores sem dificuldades de colocação
Apresentam discursos e muitas opiniões
Não sabem o que é desemprego, aflição

Tempos estes difíceis que atravessamos
Gestores e criminosos sem escrúpulos,
Uns de gravatas outros com arma na mão
Assim vai o país no meio desta confusão

22 comentários:

  1. É verdade.
    Mas vamos pôr a crise de lado (ou pelo menos tentar). Afinal já é quase fim-de-semana...

    Abraço

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  2. A quem interessa verdadeiramente este clima de medo?

    Fica bem,
    Miguel

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  3. A verdade dos nossos dias.Abraço e bfs

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  4. Bom fim de semana.

    Abraço

    marinheiroaguadoce a navegar

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  5. muito bem.

    a poesia é combate. sempre.

    abraços

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  6. E nós, pessimistas por natureza, tememos o dia de amanhã a ponto de não vivermos em pleno o dia de hoje.
    Fizeste uma belíssima análise da crise e do país.
    Bom fim de semana,aproveita-o!
    Abraço.

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  7. Caro amigo...que ele existe crise existe!!!... Mas pena que não seja para todos!...
    Está tudo muito mal dividido...
    Telejornais...deixei de ver!

    Abraço!

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  8. Valente,
    As crise ao "som" da melodia da tua poesia, até fica harmoniosa e agradável...
    Abraço.

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  9. Gosto da poesia engajada e combativa, amigo C Valente. Tocaste nos pontos chaves desta famigerada crise, filha do neo-liberalismo, a face mais perversa do capitalismo. Espero que o clamor mundial, inclusive outros versos como os seus, sensibilizem as autoridades competentes a repensarem este sistema exaurido.
    Um abraço!

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  10. um bom retrato do nosso País.

    gostei do poema.

    bjs

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  11. Pois é isso mesmo... crise e mais crise, bem gostávamos de esquecer, mas todos os dias nos fazem lembrar...
    Um grande abraço,
    Nuno

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  12. Amigo Valente,

    Depois de 2 meses privada de net, por ter mudado de residência, aqui estou de regresso, finalmente, e venho, numa primeira visita, deixar um abraço e a promessa de voltar para ler e comentar, como é devido.

    Um abraço

    Meg

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  13. Gostei muito, meu amigo lindo! Uma poesia atual, cheia de verdades, infelizmente!
    Boa semana! Beijos

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  14. O mar não está para peixe, dizem os meus amigos brasileiros, mas a verdade é que há por aí colarinhos brancos a passear indiferentes à crise, de que afinal são responsáveis.
    Cumps

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  15. Assim é, amigo; pior é a crise moral, que se espalha por todo o planeta. :( Abraço, boa semana!

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  16. tempos difíceis, tempos de crise...tempos que apetece esquecer, assim é de facto, mas temos d etentar dar a volta
    beijos

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  17. não está fácil não senhor...e parece não ter fim

    um forte abraço

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  18. Assim vai o país e o mundo.
    Sem soluções à vista...
    Sem especulação financeira, é inevitável que o nível de vida médio baixe à escala global.
    Apertemos os cintos, isto era inevitável com a escalada "batoteira" da banca internacional.
    O teu poema é notável, abordaste a crise de uma forma interessante.
    Abraço.

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  19. Tiro na mouche, porém quem devia de ler é cego, quem devia de ouvir é surdo, quem devia de falar está mudo. Onde ficamos, pois?
    No vazio intemporal de uma nação... sempre!
    Bj.

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  20. Valente,

    .....oooO.............
    ....(....)....Oooo....
    .....)../. ...(....)..
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    .............. (_/....
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    Abraço.

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