
Hoje estou triste, com uma angustia e dor no peito, o meu cachorro, caniche de nome Roy Roy com pouco mais de 5 meses de idade e á cerca de pouco mais de 3 meses em minha casa, era uma alegria, até parecia que já cá estava á muito muito tempo , tal era a sua vivacidade, hoje foi atropelado e morreu. Um acidente estupido como quase todos os acidentes, numa rua quase deserta , velocidade, descuido ou falta de atenção, improvisto, fatalidade.
Estávamos a dar um pequeno passeio, como é habitual ele ia para todo o lado comigo, pela companhia, pela esperteza pelo carinho, cachorro, obediente e vivo.
Tivesse o tempo que fosse, dentro do carro nada fazia, Tive de fazer uma paragem com a esposa, esta saiu do carro, e eu francamente não me estava a apetecer, mas o Roy, resolveu ir a trás da dona, então eu sai e fomos dar um pequeno passeio,
O destino marca a hora das pessoas e dos animais, nada podemos fazer para o modificar, sinto raiva e revolta, poderia eu ter evitado, não saindo do carro, não sei e uma interrogação o porquê? Nada fazia prever tão trágico destino, todos diziam que tinha tido sorte em encontrar assim uns donos, e durou tão pouco
Como era habitual, ele mantinha-se no passeio pelo que estava descansado, nada previa a sua mudança súbita, mas hoje e uma coisa que não tinha feito, (e não voltará a fazer), viu um outro cão de grande porte, do outro lado a rua, a cerca de 50 metros, e desta vez, nem sei porque razão estava parado e sossegado e de repente, resolveu correr para o outro cão. A zona estava calma á minutos que não passava nenhum carro, mas naquele momento, ao atravessar a rua, um carro que talvez não devesse vir tão depressa como seria desejado, a verdade é que apanhou o cachorro, uma vez e não parando de imediato, passou novamente por cima do cachorro, creio que aqui e pelo que infelizmente me deu a ver foi fatal. A paragem não foi imediata e assim passou uma e outra vez por cima do cachorro. O condutor parou, quis prestar assistência levando o cão ao hospital, mas eu nada quis, a minha dor era maior e nada já havia a fazer, o condutor foi em paz, (e que pense se o quiser que se fosse mais devagar evitava o acidente,) mas reconheço., pois também sou condutor, que talvez não o embate podia ter sido ligeiro não causando tanto dano, mas a culpa maior foi de facto do cachorro que pagou com a vida.
Peguei no Roy nos meus braços, meti-me no meu carro e demorei não mais que 2 a 3 minutos até ao hospital veterinário do Restelo, que foi imediatamente atendido. Com ele no carro não gemia pouco ou nada se mexia, deitei-o na maca, a médica ocultou-o e disse que nada havia a fazer e que já não sentia o coração e passados um segundo finou-se.
Aqui onde passei algumas horas com o cachorro a fazer companhia ou a pedir a atenção, ou deitado na sua caminha, sento-me abatido talvez por isso escrevo esta crónica para eliminar esta tristeza, pois ao escrever estas palavras ia me lembrando das coisa boas que ele me preposicionou dos momentos de alegria, da suas brincadeiras do quanto gostava de carinhos, de ultimamente me ir chamar á cama logo pela manhã para o ir passear, assim evitava fazer as necessidades em casa, não o irei esquecer e não sei se terei outro caniche, pois nada será o mesmo tão depressa não sei se vou querer outro cachorro. Aqui fica a sua imagem quando andávamos no carro e que tanto gostava e como será recordado.