2008-09-29

Tragam os nossos mortos

Eu estive lá, nas ditas províncias ultramarinas, colónias e sei de muitas mortes de amigos desaparecidos e sem destino. Não fugi, para o estrangeiro, fui não fui herói, não matei ninguém, Outrora combatentes passaram a assassinos, os ditos “ turras passaram a heróis e até tem direito a nomes de ruas em Lisboa como Amílcar Cabral, Agostinho Neto e tantos outros, os nossos militares e até muitos cíveis, são esquecidos
A culpa é só uma, a dos políticos, quem acredita nos governantes, hoje dizem uma coisa amanhã outra, o povo é que paga.
Ia-se para Angola, Guiné e outros territórios partes porque eram obrigados (e deixem-se de lérias), não discuto que a independência dada a esses povos é justa ou não, recrimino somente os governantes. A acuso todos os governantes antes e depois do 25 de Abril
Presentemente os militares vão para o estrangeiro a maioria voluntários, para amealhar, como acontecia no antigamente em que o pessoal do quadro fazia comissões e comissões de serviço, e na maioria das vezes refugiavam-se nos quartéis, em Luanda era vê-lo no Quartel general, comissão atrás de comissão, os ditos voluntários milicianos e tropa “carne para canhão” , dava no duro.
Agora tem despedida com musica e fanfarra, quando um acidente, que todos lamentam, é um drama, noutros tempos, vinham muitos caixões pela calada da noite, eram descarregados na Rocha de conde de Óbitos, não contando com os que lá ficaram mortos, e tantos e tantos mutilados deixados ao abandono.
Muitos dos deputados vieram desses territórios, mas souberam-se instalar bem á custa de muitas facilidades enquanto o cidadão comum, anónimo nada teve do estado. (porrada e coice)

Quem acredita nos governos e nos governantes hoje é uma coisa amanhã é outra. Este mundo anda todo ás avessas e quem se lixa é o mexilhão

Nada tenho a contra os novos países africanos, fiz amigos lá e alguns ainda mantenho, uma coisa é a amizade das pessoas outras a politica

A assembleia que cumpre o seu dever dado que outros não o fizeram em nome do Estado Português, (mesmo que contrariados) e tragam para cá todos aqueles que de um modo foram obrigados ou por dever morreram em nome da Pátria.

13 comentários:

  1. Excelente blog!
    Reivindicação legítima, aquela que faz...Sem ferir susceptibilidades.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Política e políticos, amigo... males que a todo o mundo afligem! :( Meu abraço, boa semana.

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  4. O meu irmão andou por cabinda quase 4 anos..
    O sr. M. Soares, almeida Santos, Rosa Coutinho e outros que tais desprezaram e desrespeitaram o suor e sangue que por lá ficou.
    Ninguem nega que teriam direito a independência..se calhar tinham.
    Mas não nos moldes em que foi dada..

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  5. Amigo Valente,
    Quem fala assim não é gago... estou absolutamente de acordo com tudo.
    Resta-me destacar ..."Nada tenho a contra os novos países africanos, fiz amigos lá e alguns ainda mantenho, uma coisa é a amizade das pessoas outras a politica".

    Só com a ressalva de que deveria ter escrito ..."a porca da política".

    Um abraço

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  6. Concordo contigo.
    Nós, os milicianos, é que fiuzemos a guerra.
    Os do " quadro"encheram-se de dinheiro, de wysky e de cansaço. Ainda está por fazer essa História, a dos Milicianos. Obrigados. Durante 3 e mais anos.
    Quanto à classe política, infelizmente, também te dou razão.
    Mas estas coisas só as compreende quem as viveu.
    Qualquer dia...já não está ninguém para as lembrar.
    Por isso, enquanto formos vivos, que o digamos. Livremente.
    Um abraço.
    Eduardo

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  7. as tuas palavras dizem o que há para ser dito sobre este assunto...
    subscrevo
    beijos

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  8. Subscrevo, caro amigo.

    Beijinhos, boa semana.

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  9. Acho que sim, deviam tratar disso o mais rápido possível.
    Já lá vão mais de 30 anos...!!!
    Abraço.

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  10. Hola C. Valente, queria pasar a saludarte y dejarte mi abrazo con luz...

    MentesSueltas

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  11. Claro que o que diz não corresponde à verdade.

    "Presentemente os militares vão para o estrangeiro a maioria voluntários, para amealhar, como acontecia no antigamente em que o pessoal do quadro fazia comissões e comissões de serviço, e na maioria das vezes refugiavam-se nos quartéis, em Luanda era vê-lo no Quartel general, comissão atrás de comissão, os ditos voluntários milicianos e tropa “carne para canhão” , dava no duro."

    Como cabia tanta gente no Quartel General?
    A maioria dos oficiais que lá estavam era do CEM.
    Os comandantes de Batalhão, Sub-comandantes e oficiais de Operações eram obrigatoriamente do QP.
    A maior parte dos comandantes de Companhia eram do QP e como não chegavam tiveram que pôr capitães milicianos nessas funções. E fico por aqui.

    Não estou a defender posições pessoais. Neste País onde nasci estou farto da tropa ser arrasada com mentirolas bacocas.Não será o seu caso, pois TAL COMO EU, ANDOU PELO MATO e sabe bem quanto isso lhe custou.

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