2017-03-23

Dádiva de vida


Dádiva espontânea de vida cheia de vitalidade
Um parto desejado num nascimento sofredor
Choram as carpideiras pelo seu futuro incerto
Destino que voa numa trajectória de andorinha

O choro flui nas pedras preciosas dos seus olhos
Num estrebuchar no momento do tempo nascido
Labaredas ardem e vivem do incêndio constante
Urge um grito de dor, qual trovão ensurdecedor

Homem está sempre a partir e a chegar na dor
Subterrâneo de incertezas no sagrado perdido
Inventam-se sonhos num deserto seco e estéril
Transporta a semente num borbulhar de águas

Respiração palpita numa dança ao anoitecer
Do coração saem palavras que ninguém entende
Imagens gravadas que cegam por excesso de luz
Escuridão assustadora invade o espaço e o tempo

6 comentários:

  1. Um poema onde transparece a incerteza dos dias e a angústia que nos traz o amanhã.
    Eu compreendo as ausências pois também sofro do mesmo mal...nem sempre a inspiração está ali, ao virar da esquina.
    Um abraço, caro amigo e obrigada pela visita.

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  2. Viva, amigo.
    é bom voltar ao teu blog
    caloroso abraço

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  3. É sempre bom voltar ao contacto com um amigo. Obrigado.
    Como achei interessante o post sobre acidentes nas autoestradas, publiquei-o no meu blog.
    Abraço
    Compadre Alentejano

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  4. A vida é ela mesmo uma incerteza...
    Gostei da sua presença por estas bandas.
    Abraço do Zé

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  5. Amigo Valente
    é bom poder vir aqui e ler-te

    abraço

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