2012-07-03

Um país promíscuo

Tínhamos conhecimento á muito tempo da promiscuidade existente entre:
- A politica e o futebol em particular as autarquias e os clubes de futebol.
-A politica e as firmas de consultores e advogados, onde muitas vezes são os consultores do estado, quer na elaboração de leis, ou na alienação de empresas públicas, depois os mesmos consultores ou advogados estão do outro lado da barricada.
- A politica e a banca, onde existe leis e regalias especiais para os bancos e seus gestores.
- A politica e o ensino superior, onde políticos se formam, “tem o canudo” com exames aos domingos, outros com cursos mini cursos ou os mesmos tirados á pressão, tipo Simplex, sem aulas sem completarem o ano lectivo, sem avaliação de competência em que o critério é o historial e posição politica do candidato entende-se porque.

Nós entendermos, entendemos, o porque também, que não devia de acontecer, não devia, isso é uma utopia.
Era preciso que os políticos tivessem ética, honestidade irrepreensível, lealdade para com o cidadão que os elege, enfim que a politica fosse um exercício nobre, um bem á causa pública, mas o que se vem verificando é o seu contrário.

Nos tempos da monarquia Portugal politico, funcionava através do rei e este escolhia os seus ilustres e ricos cavaleiros da corte para exercerem cargos políticos, e assim funcionava tudo entre muros de uma corte elitista., tudo em família.
Depois com o crime do assassinato do rei D. Carlos surge a I Republica com muitas convulsões, até que durante cerca de 50 anos tivemos o salazarismo, onde o poder politico estava entregue ás grandes família, senhores da banca e dos grandes negócios, onde até casamentos se realizavam entre si por interesses económicos, e assim era composto os governos,“de famílias bem”, que roubavam lentamente, e faziam um pouco de caridade, pois sabiam onde estava a mão de obra e a sua importância.
Com a revolução de 74, foi um vira casacas, uns que pouco tinham e apanharam o comboio em andamento, que cada vez mais lento vai andando, então encontram no Estado uma mina de ouro para uns um pote para outros, e á que a explorar e roubar o mais possível pois o tempo (com a dita democracia podia não durar muito.
Retirando os primeiros anos da dita revolução, começou-se novamente a praticar os mesmos métodos anteriores a influência do compadrio, do arranjinho, transformando-se novamente numa pequena aldeia, em que as os actores estão todos mais ou menos comprometidos entre si, só mudando o seu lugar no palco da politica e dos negócios personagens são as mesmas, nesta pequena aldeia, que nada muda a não ser as personagens que o drama e enredo é o mesmo.

Aceito que as pessoas possam ter visões e métodos diferentes mas só pode haver um fim e um objectivo, o bem de Portugal e dos portugueses, mas infelizmente só temos visto a submissão ao estrangeiro,e ao poder do dinheiro sendo o principal objectivo o beneficio do próprio.

3 comentários:

  1. Subscrevo, no essencial, tudo o que dizes neste texto.
    Quem não é honesto devia ser afastado da possibilidade de governar.
    E já agora, também que é incompetente. E mentiroso...
    Caro amigo, um abraço.

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  2. Tens razão em tudo: um texto que resume o que muitos de nós pensamos. E ano eu a ensinar/fazer refletir sobre valores como Honestidade, Humildade, Verdade, Abnegação....e os exemplo, que vêm e cima, enecarregam-se de deitar tudo por terra. Ensino eu a ler e interpretar a carta Universaal os diretitos do Homem...a Constituição da República Portuguesa...para quê? Para que os "grandes" possam escarnecer dos que ainda acreditam....
    É um desalento...
    Beijo
    e Obrigada por estares aí!

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  3. Boa parte da classe política dominante está-se borrifando para as necessidades do país, preocupando-se muito mais com os interesses próprios, garantindo o seu futuro beneficiando quem lhes acene com mais vantagens futuras.
    Abraço do Zé

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