Entre muros, espaço dos homens ausentes
Cidade de sombras onde todos são iguais
Construções de mármore e de terra batida
Emudecidas são as palavras, resta o silêncio
Enquanto se interroga sobre a imortalidade
A morte persegue na penumbra, o momento
O homem por mais que se ergue tem um fim
Amigos e inimigos no mesmo solo arrefecem
Frases enriquecidas em lápidas gravadas
Num epitáfio onde glorifica a perda ausente
Atmosfera tumular desperta o valor da vida
Uma lágrima derramada, um grito de angustia
Ali se encontra o “insubstituível”, o rico, o pobre
Só a façanha na vida pode distinguir o indivíduo
O tempo tudo vai corroendo, só fica a lembrança
Chora familiares e amigos para quem foi querido
Hoje se mata e se morre por pouco ou nada
Sociedade cada vez desvaloriza mais a vida
Já não se respeitam os sentimentos e a morte
Padrões de comportamento que levam ao caos
A morte é sempre certa e, depois dela, somos todos (quase) iguais...
ResponderEliminarUm magnífico poema, gostei imenso.
Abraço.
A morte é uma régua que nivela os homens. Todos seremos esquecidos, uns antes e os outros depois. Um Belo poema do amigo C. Valente.
ResponderEliminarMas o único sitio onde o estar é igual para todos .
ResponderEliminarGosto deste poema .
Abraço
A pior ausência nem é a física.
ResponderEliminarSaudação amiga.
Basta verificar os casos de violência doméstica para ver como a vida está desvalorizada...
ResponderEliminarSaudações
Compadre Alentejano