A madrugada se despede, o sol nasce
A quietude é quebrada, o despertar começa
O reboliço do novo dia está a desabrochar
O tempo passa com a mesma cadência
E o silêncio
No crepúsculo da noite, no radiar do sol
Cidade, montanha, deserto, e mar
No quarto ou na torre de um castelo
Segredos guardados pairam no ar
E o silêncio
Na feira, no mercado em alarido
Pregão entoa, palavras que esvoaçam
O livro ou a carta que não foram lidos
Vozes Ruídos, murmúrios e lágrimas
E o silêncio
Momentos através dos séculos
Pensamentos não revelados
Escritas, ocultas pelos tempos
Palavras não pronunciadas
E o silêncio
Num rodopiar de vida e morte
No nascimento de uma criança
No despoletar de uma bomba
Sofrimento, lágrimas e risos
E o silêncio
Desejos recalcados, silêncios ocultos
Como as pedras da calçada
Frases que não foram questionadas
Mistérios ainda por descobrir
Observador mantém-se, inalterado
E o silêncio
Momento doce ou amargo
Relaxante, depressivo apático
Bálsamo acolhedor purificante
Chama ardente, sufocante
Entre terapia, loucura
E o silêncio
Os anos, o homem, o castelo
Ouro e prata, tudo são efémeros
Como neste mundo temporal
Só o silêncio é ETERNO
Nada é eterno, mas este regresso merece o meu aplauso, porque este espaço e os seus conteúdos faziam falta.
ResponderEliminarCumps
Fico contente por ver-te quebrar o silêncio, bem-vindo de volta. Abraço!
ResponderEliminarMeu caro C. Valente
ResponderEliminarRegisto o seu regresso e logo com a conclusão de que só o silêncio é eterno, o que felizmente não é por enquanto o nosso caso.
Abraço do Zé
Muito bom!! Deu para viajar junto...gostei!
ResponderEliminarAbraço..
Caro C.Valente,
ResponderEliminarFoi para mim um prazer (re)encontrá-lo no Experimentalidades.
Porque gostei de o saber de volta, quando já o pensava desistente.
Agradeço-lhe a visita e só posso dizer que os seus poemas trazem-nos sempre algo para pensar... como este.
Um abraço
Belos desabafos, amigo Valente!
ResponderEliminarA poesia também serve para os soltarmos, não é assim?
Saudações
registo com satisfação o seu regresso a estas lides... como leitor assíduo e muitas vezes também com comentários, fico feliz !
ResponderEliminarAmigo,
ResponderEliminarSilêncio.Que bonito este poema .E eu que há anos convivo com o silêncio, me identifiquei de imediato com este teu belo texto.
Um forte abraço.
Caro Valente,
ResponderEliminarAgradeço ter chamado a atenção para a dificuldade em entrar "lá em casa". Creio que está a acontecer a mais amigos...
Dei um pequeno arranjo ao blog, começando pela fotografia do pôr do sol.
Espero que o problema esteja resolvido. Muito obrigada e tenha um bom fim de semana.
Um abraço
Caro amigo C.Valente,
ResponderEliminar...estou FELIZ por ver que voltou!
Confesso que fiquei preocupada consigo.
Lindo e sentido este seu poema do silêncio.
Um Abraço e votos de bom fim de semana.
Margusta
Ps. Não sei porque não conseguiu comentar no " Momentos Sentidos III"...enfim coisas da net....
Caro amigo C.Valente,
ResponderEliminar...estou FELIZ por ver que voltou!
Confesso que fiquei preocupada consigo.
Lindo e sentido este seu poema do silêncio.
Um Abraço e votos de bom fim de semana.
Margusta
Ps. Não sei porque não conseguiu comentar no " Momentos Sentidos III"...enfim coisas da net....
È com enorme satisfação que registo o regresso do meu amigo a estas lides.
ResponderEliminarE como por aqui já alguém disse, só o silêncio é eternp.
No caso de estar interessado, agora prego pelo ABIRRITANTE e embora assine como Ferreira-Pinto sou o Quintino de outrora.
C Valente ...
ResponderEliminareste poema está óptimo ...
e ...
é óptimo poder voltar a ler-te...
bjs
isabel
o "silêncio é de oiro"... por vezes.
ResponderEliminarabraço
Um abraço Amigo.
ResponderEliminarFelizmente o silêncio foi quebrado :))
ResponderEliminarÉ bom saber-te de volta. E regressas com um poema fantástico...
ResponderEliminarO silêncio é eterno. O que morre. Porque há outro silêncio que pode ser um grito!
Um abraço, amigo Valente
Silêncio. O silêncio faz um grito e...
ResponderEliminarAbraço
Assim é, amigo. O silêncio... e o nosso verdadeiro Eu. :) Meu abraço, boa semana!
ResponderEliminarnada es eterno, sólo el silencio final.
ResponderEliminar"En silencio elijo
mi siguiente silencio
y el paso del silencio
me elige a mí".
Gostei imenso.
ResponderEliminarÉ um poema muito bom.
Abraço.