2009-01-29

Quem quer trabalhar honestamente

Crise só se ouve falar na crise, desemprego, falta de produção, retracção dos consumidores, Que está tudo ou quase tudo em saldos enfim todo uma situação negativa, mas há situações que nos fazem pensar.
Pretendo fazer umas obras em casa, colocar soalho flutuante, pinturas interiores da casa e exterior do prédio, enfim umas remodelações numa vivenda, que julgo necessário e que gostaria de realizar.
Acontece que contactei três pessoas para orçamentarem com um simples caderno de encargos onde especifico o pretendido, lembramo nos que estamos em crise, falta de trabalho. Um depois de algumas tentativas com promessas de apresentar cotação nunca apareceu, outros dois dão valores que julgo e com os alguns conhecimentos que tenho nesta área, serem valores demasiado elevados.
Tenho andado a evitar contactar alguém que desconheço ou que não tenha referencia de alguém conhecido, pois á uns anos a quando da construção da moradia tive problemas com o empreiteiro, levou o dinheiro e deixou grande parte da obra por realizar, não contando com os custos, outras situações e problemas me afectaram e por isso hoje ainda sinto esse trauma.
Não pretendo recorrer ás paginas amarelas (passo a publicidade) pretendo ter o mínimo de referencias e profissionalismo da empresa ou do empreiteiro, tanto na honestidade como na execução do serviço, e isso é que me tem deixado preocupado,
Por vezes faz-nos lembrar aquela situação, “ se a pessoa quer um emprego ou um trabalho,
Se á crise é porque a procura é menor que oferta, certo?
Se a procura é menor, para escoar os produtos, baixam-se os preços (e isso verifica-se por exemplo nas grandes lojas de matérias de construção)
Para evitar o desemprego, despede-se pessoal ou congela-se salários
Na possibilidade de haver correcção de salários, será na ordem da inflação
Se o custo de materiais é menor o preço e mão-de-obra não aumenta
O preço final deverá reflectir essa situação. Se tal não acontece, supõe-se que os pressupostos anteriores não são verdadeiros e tem muito trabalho, ou o vendedor-empreiteiro, não se incomoda pelo facto de não ter pessoal directamente ao seu serviço, (o que muitas fezes acontece, ser tipo sub-empreitadas) e portanto despesas reduzidas e tentar obter maior lucro.
O que nos leva a perguntar, onde encontrar empresas, que se possa trabalhar com justeza nos preços, com pessoal qualificado, efectuar o serviço em condições, e com segurança pois continuamos a residir na moradia com os seus haver, e não vamos andar a todo o momento a fiscalizar quem quer que seja.
Com esta situação leva-me a concluir, que trabalho existe, quem o queira trabalhar é outra coisa, e executar ou cobrar o valor justo ainda é outra.
Com isto deixa-nos em dúvidas, do que estará errado em tudo isto, será eu que estou a analisar mal a questão, ou será que não procurei devidamente, ou será mesmo que neste ramo é muito difícil encontrar quem afinal quer trabalhar honestamente.

16 comentários:

  1. um País de "jeitosos".sem dúvida...

    abraços

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  2. É como se diz aqui: Trabalho existe, mas muito querem emprego...

    Um beijo amigo

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  3. Vigaristas é o que mais há por ai..

    tudo de bom

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  4. acho que há muito quem não queira trabalhar de facto...subsídios de desemprego, rendimentos mínimos e afins convidam a nada fazer, mas a verdade é que o desemprego aumentou e há cada vez mais empresas a fechar...essa é uma realidade dos nossos dias
    beijos e bom fds

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  5. Aqui, estamos no mesmo caso. Que, aliás, você sintetizou muito bem. Meu abraço, bom fim de semana.

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  6. Tive problemas idênticos há anos para um trabalho parecido.
    Mas lá arranjei o preço justo para a qualidade que queria.
    O que eu verifico é que, de um modo geral, não há pessoas honestas quando se trata de levar dinheiro ao próximo.
    E isso é válido para trolhas, carpinteiros, advogados, etc.
    As excepções confirmam a regra.
    Não sei se por termos uma costela de judeus, outra de mouros e outra das mais variadas origens, somos um povo que está sempre pronto para enganar o próximo, seja nos preços, no trânsito, nos impostos, em tudo...
    Há uns anos, num país nórdico, depois de um jantar num restaurante, um colega meu deparou com um papel no vidro. Era uma mensagem com nome, morada e nº de telefone, a dizer que tinha amassado o carro, mas que se tinha ido embora porque tinha estado muito tempo à espera e não aparecia ninguém. O toque era tão insignificante que nem foi pedido dinheiro para o arranjo...
    Esta, e outras do género, atitude é corrente nos países nórdicos. Mas não no nosso país.
    Ainda que tenhamos qualidades, os nossos defeitos como povo são terríveis.
    Bom fim de semana, abraço.

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  7. HOJE

    E
    S
    T
    O
    U

    FELIZ

    acreditam?

    Pois é...
    sinto-me assim como quem cumpriu a sua missão - dever cumprido!!!

    Nunca fiz nenhuma exposição e...
    achava um bicho de sete cabeças montar a exposição, no entanto, foi maravilhoso, começar a ver o efeito dos quadros nas paredes...
    uma sensação indescritível.

    Dormi apenas 3h esta noite, deitei-me às 6h da manhã para me levantar às 9h da manhã...
    Mas...estou tão leve!!!
    Tão serena!!!
    É verdade...
    nem me conheço a mim mesma.

    Acreditem que cada vez que vejo as minhas 600 fotos da Índia, fico sempre com a sensação que por muito que se fotografe não se consegue captar toda a sua essência, toda a sua beleza?

    Eu tive o privilégio de conhecer esse mundo maravilhoso.

    Obrigado pelas vossas palavras de força, ânimo, carinho.

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  8. O pior lindinho é quando super valorizam o seu trabalho, mesmo nessa crise que estamos enfrentando.
    Bom fim de semana!
    Beijos

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  9. A propósito deste assunto, há uma frase que me irrita sobremaneira que é "este mundo é dos espertos"! A pretexto da crise ou de outras coisas como os calotes de alguns clientes, ou a ganância do fisco, há gente que se vira para a trafulhice e a tenta justificar deste modo.
    Esperteza não é inteligência, e de gente desta queremos todos distância.
    Bom fim de semana
    Abraço do Zé

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  10. Faz lembrar a rábula do Raúl Solnado, que estava numa manifestação contra o desemprego. Eis que surge um homem e lhe diz:
    - Ouça, eu tenho trabalho para si.
    - Largue-me, porquê eu? Está aí tanta gente...

    Abraço!

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  11. Um texto genial em tempo de crise.
    Faz-me lembrar de um rapaz que, quando lhe disseram que tinha trabalho, seleccionaram-no para um emprego porque estava desempregado, retorquiu, com convicção: - Vou de Férias!
    Incrível. Num País que quer afirmar a sua identidade europeia e mundial em que vive sem esperanças em recuperar o défice económico provocado pelos que nos "governam" e "desgovernam" ainda mais.
    Um texto genial e profundo de imenso talento.
    Bem-Haja, amigo e grato pela simpática visita.

    Abraço respeitador e de estima sincera.
    Cordialmente e com amizade

    pena

    OBRIGADO!

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  12. Pois é, meu amigo, isto de obras em casa é um problema, porque os preços estão pela hora da morte, como soe dizer-se...eu que o diga, há um ano que passei por isso e como não estávamos ainda em plena crise, não tive direito a descontos, mas pelos vistos está a passar-se o mesmo contigo. A mão de obra está mais cara que nunca e os que precisam pagam a crise...
    Que tudo se resolva pelo melhor.
    Um abraço.

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  13. Uma vez li uma frase sobre a crise que dizia:"Na crise, CRIE.". E acho que é por aí. As pessoas devem buscar sair da crise com criatividade.

    Bom fim semana amigo.

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  14. Não tenha dúvida que há trabalho. Mas pessoas não querem, simplesmente.

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  15. Boas C...

    O problema é que a "malta" quer é empregos e não trabalhos...
    :(

    abr...prof... bfds

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