Rostos que nos cruzamos são
tantos
Uns que fixamos, outros nem
reparamos
Com um simples gesto
cumprimentamos,
Outros
nem acenar, nem palavra, ignoramos
Rostos
jovens, errogados, envelhecidos
Traços
de vida em espelhos quebrados
Imagens a preto e branco, ou
coloridas
Resta
lúcidas memórias, outras esquecidas
Rostos que trocam um simples
sorriso
Gentes demonstram sinal de
indiferença
Na rua, no transporte, loja ou
restaurante
Lufada de ar fresco ou fedorento nos arrasa
Rostos cuja beleza se reflecte num gesto
Num sol que brilha, sobre fendas de nuvens
Raios escapam parecendo enfeites mágicos
Na multidão a luz se funde na
negrura da vida
Rostos que entre a multidão
se perdem
Gentes que se desvanecem no
tempo
Outros desceram á terra
enegrecida
Que saudades de pessoa muito
querida
E a vida é tudo isso que descreves. Rostos que cruzam, que olhamos mas não vemos, amigos que perdemos, retratos coloridos, outros a sépia, mais antigos, que lembramos, sonhos que pisamos e enterramos no fundo de um coração que bate por bater...
ResponderEliminarUm abraço.