2015-09-14

Colher liberdade

Desembocando no largo de faustoso edifício
Um pequeno exército de gente esfarrapada,
Amontoa-se e morrem, sem um único alento
Pavimento escorregadio de orvalho e sangue

Imponentes portas de ferro barram a entrada
Olhares perscrutadores sobre o que os rodeia
Corpos pequenos e flácidos ao colo da mãe
Procuram refúgio na mascara de um sorriso

Povo esbarra numa liberdade que é aparente
Atingidos por uma tempestade de palavreado
Um alçapão de mentiras, enganos e crueldade
Poderosos desprovidos de consciência e moral,

Ao alvorecer do dia surge a esperança na roda da vida
Memórias de homens justos e bons mantem-nos firmes
Como rosas crescem e florescem em ramos de espinhos
Opressão e dor fortalecem a vontade de colher liberdade






1 comentário:

  1. Esse poema me vem os problemas atuais enfrentados pelo
    mundo e as ações desumanas que os sírios enfrentam...
    Mas me vem a mente uma retrospectiva em que esse "ser" que chamamos de
    ser humano vem trilhando...
    É um poema triste... mas que precisa de seu espaço... Até porque a maioria das
    vezes a vida nem sempre é rosas...
    Prazer em conhecer seu blog
    janicce.

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