Velha
árvore carcomida pelo tempo
Fustigada
em muitos séculos vividos
Muitas
aves de rapina se empoleiraram
Secam
seus troncos estragam seus frutos
Hienas
riem choram pela dor dos outros
Lágrimas
de quem não sente a fome
Tal
como o rio em tempos de chuva
Quando
a abundância não escasseia
A
perfídia paira no território dos poderosos
Abutres
atacam e devoram a vitima indefesa
Ventania
semeia promessas em frases feitas
como
a serpente encanta a presa esmorecida
A
negrura e a neblina tardam o amanhecer
Poder
instituído subverteu compromissos e leis
Adensa-se
o medo pelas terras adulteradas
Quando
escasseia o trabalho, a fome alastra
A
árvore guarda recordações de gerações
Bons
e maus momentos no mesmo tronco
Da
madeira se fizeram naus para o mundo
Do
pedaço de chão se fizeram grandes nações
Se os abutres que nos devoram fossem humanos, nunca teria podido escrever estas sentidas palavras, meu caro. Infelizmente, só velam pelos seus interesses!
ResponderEliminarBom final de semana.
Há tempo para nascer e tempo para morrer...O novo está chegando...
ResponderEliminarUm abraço, Valente!
as árvores morrem de pé, como bem sabes!...
ResponderEliminare esta árvore, apesar de carcomida, ainda mantém viva.
excelente teu poema.
abraço
O tempo dá-nos a experiência e o conhecimento da vida e das gentes que não se aprende em nenhuma faculdade.
ResponderEliminarAbraço do Zé
O tempo dá-nos a experiência e o conhecimento da vida e das gentes que não se aprende em nenhuma faculdade.
ResponderEliminarAbraço do Zé
E continua a velha árvore, meu amigo, porque o espírito português, apesar dos abutres e oportunistas, jamais perece! Meu abraço, boa semana.
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