2012-05-10

Rosto em delírio


Filho de um homem que foi deus
Folha e ramo da arvore da vida
Uma janela aberta de par em par
O céu brilhante num dia quente

Imbuído de magia prevendo o futuro
Imagens que nos levam para longe
Apanhando o comboio sem tempo
Passado e presente e se misturam

Vitima da sua própria imaginação
Caminhando em rua de terra batida
Numa iluminação cheia de sombras
Oculta as feridas na pele e dos anos

Pensamentos maus num rosto em delírio
Emergem gotas de suor como fio de cobre
Olhar inexpressivo, fixando vagamente o vazio
Apagar a memoria e a mágoa que nos engole

Uma luz brilhante e dolorida nos olhos
Mergulhada no vértice de cor rodopiante
Defendendo-se de uma presença invisível
Desafia a derrota em projectos renovados

Num deslumbramento de felicidade
Relembra os bons momentos vividos
Existência de raiz fortalecida não morre
Lágrimas de alegria banham os campos


4 comentários:

  1. Excelente! Gostei mesmo.

    Um abraço

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  2. Haverá sempre um rosto em delírio quando fé for nos visitar. Folha e ramo da árvore da vida, a existência de uma raiz fortalecida, se existe esperança para a árvore? Quanto mais para os homens de boa vontade...
    C Valente! Que adorável poema!

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  3. "A existência de uma forte raiz morre
    Os campos banhados em lágrimas de alegria, "um forte toque de vida, não há grande alegria sem lágrimas. Natureza Mundial da mente humana é um espelho

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  4. Obrigada amigo CValente pelas suas sempre gentis visitas.
    Perdoe-me não ter retribuído mais cedo:
    Grata por não se esquecer de mim!

    Um abraço!

    Margusta

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