2011-10-19

Passado e presente

No tempo da ditadura,
Na escolha de governação.
Boa família era condição.
Desviavam, roubavam,
Devagar, devagarinho.
Tinham tempo e ocasião.
Depois, designados por,
Fascistas, Salazaristas.
Foram afastados, calados
Mas não mortos. Voltaram

Num 25 de Abril surgiu,
A revolução dos cravos.
Com ela esperança, ilusão,
Constituíram-se partidos.
Gentes, apareceu de tudo,
Homens honrados, idealistas,
Mais ladrões e vigaristas
Saltaram para a carruagem
Comboio a caminho da vitoria
Sem ideologia ou democraticidade

Muita prosápia, pouca obra.
Filiação partidária incorpora
Só um objectivo e finalidade
Subir de estatuto e arrecadar.
Sem vintém ao poder chegado
De bens públicos se apropria
Desonesto enche-se de dinheiro,
Em negociatas, desvios, tramóias.
De actos criminosos não é julgado
Político Inimputável a bem da nação

Portugal de hoje ao ponto que chegou
Pantanal de má governação de anos
Agarrado a políticas incompetentes
Descalabro financeiro e económico.
Tanta falsidade, mentiras apregoadas
Promessas feitas, sacrifícios realizados
Culpados antigos e novos governantes
Mãos sujas na podridão da politiquice
Não existe inocentes, mas só culpados
Neste emaranhado o cidadão é a vitima


1 comentário:

  1. Excelente poema sobre o passado e o presente. É a verdade do que se passou em Portugal.
    Saudações
    Compadre Alentejano

    ResponderEliminar