2011-01-14

Uma geração com politica de muitas cores e feitios

Fazendo uma rápida e simples retrospectiva do tempo e da política, conclui-se que sou de uma geração de muitas cores e feitios, ora vejamos
Nasci logo a seguir á II guerra mundial, conflito que durou de 1939 a1945, os meus pais tiveram de viver com o espectro da guerra e com o racionamento de comida, o que por certo lhes dificultou a vida, a eles e á maioria do povo português.
Desde que me conheço os tempos políticos foram variados pois, apanhei o tempo do Salazarismo, do marcelismo, do fascismo, tempo da opressão em que a vida, não era muito fácil, não nos podíamos mexer muito, a repressão, não era pêra doce,
Estou velho?, ou talvez não. Na escola, quando começou a parecer a máquina de calcular, não a podíamos usar, não havia computadores, nem vídeo jogos, a educação era mais espartana, mas havia exames finais todos os anos, exames a nível de escola ou a nível nacional, os jovens de hoje nem imaginam a diferenças existentes.
Quando a juventude estava na idade de cumprir o serviço militar (sim, que naquele tempo era obrigatório e não voluntariado, por causa da politica e dos políticos, apanhei com “ Angola é nossa “ou seja com uma guerra colonial, e lá tive de embarcar para o dito ultramar onde passei 24meses e meio em Angola, a guerra contra os torras (não fugi para França ou outro local, bati com os costados no navio fretado, que mais parecia transporte para gado do que para pessoas.
Como muitos milhares, também não fui como voluntário, fui obrigado, com o salário, como se dizia o “pré”.era uma miséria, outros tempos, lutava-se contra os torras, (depois heróis do povo) e o povo português é quem era lixado por culpa dos políticos de então.
Antes da tropa havia dificuldade de emprego, pois ao era sabido que o jovem iria estar ausente pelo entre 2 a 3 anos, era uma machadada na vida de qualquer jovem, quanto a emprego a juventude e não só hoje está pior.
Depois veio uma pequena nuvem de esperança deu-se o 25 de Abril, uma revolução, ou um golpe militar???,(mas isso é outra história) um mar de cravos, a alegria no coração coisa de pouca dura. Nasce de uma nova classe, os democratas os socialistas, comunistas (muitos destes já existiam, não apareceram de para - quedas como muitos outros e em todos os partidos, aos revolucionários, muitos deles, e conheci muitos antes de 25 da Abril de 1975, de democratas nada tinham que na vida do dia a dia quer nas empresas. nasceu a cambada dos pseudo- democratas
Tem sido tudo e sempre a roubarem, já fomos lixados com um dia de salário para “O dia do trabalhador,” veio e o sr Dr. Mário Soares e lá nos foi novamente ao bolso, agora e pior mais grave temos o sr Sócrates, a tirar parte do salário aos trabalhadores e reformados, e ainda não satisfeito com a situação é o aumento do custo de vida, na saúde, nos medicamentos, gasolina, electricidade e tudo mais onde pode sacar.
Estou farto destas politicas e destes políticos, muda as moscas a porcaria continua a mesma me***, cada dia que passa o cheiro é pior
Tanta vigarice, tanta corrupção nunca vista, antes roubava-se ou desviava-se, devagar devagarinho, agora é á farta, e entende-se, antes do 25 de Abril tinham muito tempo, agora é aproveitarem-se no menor tempo possível, e como a moral - a honradez , a honestidade é um conceito fora de uso, o importante é o poder do dinheiro, a ribalta onde os meios de informação nos chamam doutores, engenheiros consultores, comentadores é necessário os
projectores para alimentar o ego desta gente.
Conheço muitos ditos democratas de hoje, bons políticos, que eles e a família pouco ou nada tinham, agora vamos vê-los
Mas o importante desta crónica é que há anos que qa minha geração anda a ser saqueada, deixando outra palavra para cada um de vós
Durante décadas a minha geração tem conhecido tantas mudanças , que analisando chegamos á conclusão que o saldo não é muito positivo.

9 comentários:

  1. Quanto mais não fosse para poderes escrever o que escreveste sem correres o risco de ser preso o 25 de Abril já teria valido a pena!

    Cumprimentos.

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  2. Sou de 1947. Passei por essas "nuances" todas, vivi a utopia do 25 de Abril e, para mim, o político é um filho da puta e um corrupto...
    Abraço e b.f.s.
    Compadre Alentejano

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  3. A nossa é uma geração de mudanças, meu caro!

    E prepare-se pois veremos ainda mais e maiores.

    Um bom fim de semana

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  4. Quantas histórias guardas nas lembranças (sejam boas ou tristes).
    Estamos todod pesarosos por nossos irmaos do sudeste brasileiro.
    Obrigada pela visita e pela solidariedade.
    Abraços

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  5. Estimado Amigo,
    A minha vida profissional e associativa complicou-se de tal maneira que não tenho tido tempo praticamente nenhum para o meu blogue. E, apesar de me lembrar de todos vós, não tenho passeado por cá.
    Mas, como mais vale tarde que nunca, aqui estou eu a desejar-te um ANO NOVO CHEIO DE FELICIDADE, sobretudo com muira Saúde, Amor e Paz.

    Bjinhos
    Maria Faia

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  6. Conclusão: volta, D. Afonso Henriques, mesmo morto fazias um serviço melhor!

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  7. Também já entradote só posso concordar com o artigo, ainda que há muito tenha concluido que o grande problema, para além do oportunismo, é a estadia por demasiado tempo em cargos políticos. O profissionalismo na política revelou-se uma escola de gente que desconhece a realidade e que dela foge, enriquecendo à parva e garantindo um futuro dourado à custa de favores exercidos enquanto estiveram em funções políticas. O sistema partidário vigente assemelha-se às cadeias, e é uma escola de malandragem que "ehgole" até os mais sérios e íntegros cidadãos.
    Cumps

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  8. Somos, amigo, da mesma geração. E, apesar de países diferentes, a conclusão é a mesma. :) Meu abraço, boa semana!

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  9. Ola Amigo Carlos.

    Saudações amigas.

    Abraço forte.

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