2008-08-12

Carta - Quero ser "coitadinho" e não "estupido "

Esta missiva destina-se aos governantes, aos que foram, aos actuais e aos futuros, aqui vos deixo um pedido,
Eu cidadão português dos quatro costados, na minha arvore genealógica foram e são todos nascidos e criados em Portugal , desde transmontanos, a aveirense, gentes da terra e do mar,
Pretendo renunciar á classe maioritária deste país, quero ser “coitadinho”, porque:

- Quero pertencer a uma minoria étnica, seja de que cor for, branca, preta, amarela morena, ou até mesmo branca, desde que seja incluído na categoria de “ minoria”
- Quero ser declarado pobre, não apresentar declarações de IRS segurança social, ou mesmo IRC, mesmo que seja considerado vendedor de mercados ou ambulante.
- Quero que para a acção social seja considerado que não tenho meios de subsistência, nem que para isso tenha de ameaçar os assistentes sociais, para assim que assegurar as condições para obter o rendimento social mínimo.
- Quero não trabalhar, passar a vida, nos cafés outros locais para obter o o apoio e subsídio de rendimento
- Quero que o meu vício, seja considerado uma doença, podendo beneficiar de apoios e outros tratamentos e ser desculpabilizado por má acções

- E quero ser um destes “coitadinho como não sou estúpido para :

- Obter habitação sem pagar renda, num local condigno, Onde possa estacionar o meu carro (não contando com a carrinha da venda
- Obter as mínimas condições, ter água e principalmente electricidade em condições, sem que seja obrigado a pagar a conta, para poder instalar o meu plasma, a minha aparelhagem estereo, os televisor da cozinha, o LCD no quarto, e outros pequeniníssimos luxos, que sei que a maioria dos ditos pagadores de impostos não tem.
- Se não for suficiente o anteriormente pretendido sempre argumento, mesmo que atrasado que quero ser considerado ter vindo das ex-colonias, pois fui obrigado (por estupidez minha ) de cumprir o serviço militar, e hoje sou rotulado de assassino do povo. Devo dizer que ganhava uns míseros escudos e não fui voluntário.
- Quero beneficiar das isenções fiscais
- Quero poder estragar propriedade do estado ou outra identidade sem ser incomodado, roubar e ser considerado um herói.
- Quero, se for preso, por azar, ser bem tratado, poder durante o dia passear, e ou cometer outras tropelias (claro até não seja apanhado) e á noite ir dormir á prisão.
Já agora o regresso deverá ser livre entre as 19.00H e as 24.00Horas, pois se for cedo ter direito ao jantar e depois ver televisão, que deverá dar belas imagens dos que estupidamente foram apanhados dado que a policia deveria ter outras coisas com que se entreter, ( passar multas, em especial a quem cumpre)

E o parvo sou eu? - Não

Continuo a informar so governantes, actuais e futuros, políticos e partidos em geral, e deputados em particular.
Como sou daquela maioria, classe media, trabalhadora, o pouco que tem deve-se ao esforço, do trabalho, das economias, dos anos sem férias, chame e pelo que hoje vejo estou farto.
Os “chicos” espertos, oportunistas, democratas de ocasião e outros que estão bem na vida, e que nada lhes incomoda,
Nada disto tem haver com racismo, xenofobia seja cor da pele ou raça sim com a pretensão JUSTIÇA IGUALDADE, para todos, DEVERES E DIREITOS.
Eu solicito, suplico, imploro, e mais que for possível, eu e creio a maioria dos portugueses, que seja revisto toda esta situação e a mesma seja corrigida, pois não quero continuar a pertencer á maioria, dos brancos, pretos ou outra cor, onde a raça e a religião não se confunde, que todos têm em comum, ser cidadão exemplares e cumpridores.

Não quero ser estúpido por:

- Cumprir com os meus deveres de cidadão
- Pagar regularmente os meus impostos
- Pagar á segurança social ou ao estado
-Cumprir com as regras da sociedade
- Cumprir e respeitara propriedade alheia

Eu é que sou parvo ou estúpido? - Sim sou

Tenho o direito de protestar:
- Querer viver num país que todos sejam igual perante o estado independentemente da condição social, credo, etnia ou raça,
- Querer viver num Portugal que tenham todos os mesmos direitos, e as mesmas obrigações, sem restrições ou subterfúgios
- Quero continuar ser português, de amar a minha pátria, respeitar a minha bandeira.
- Quero um Portugal melhor, e quem não quer,
Responsáveis abram os olhos

Com toda a consideração que é devida e se o meu atendimento não foi aceite, aqui vos deixo a minha vontade.
Com o desejo ardente que não acabem os subsídios aos “ coitadinhos”, que entenda-se são aqueles em que o trabalho faz calos. Que os subsídios e reformas duram sempre para aqueles que nunca descontaram um chavo para a segurança social.
Ma se não houver dinheiro, que acabe os poucos benefícios, na doença e reformas a todos os outros “ os estúpidos” que pagaram e continuam a pagar , pois se as almas iluminadas dizem que o trabalho dá saúde, que trabalhem os verdadeiros doentes

Com a mesma consideração que tem por mim, me despeço
Zé Pagante da Purificação

PS: Desejo passar-me a chamar José Esperto da Vigarice

16 comentários:

  1. ora bem ...


    subscrevo as tuas palavras ...

    parabéns pelo texto


    bjs

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  2. Eu voto em ti. Mas toma cuidado porque a dizeres verdades dessas arriscas-te a ter toda especie de inspectores e bufos, à perna.

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  3. Se for possível eu quero o mesmo que ele. lol

    Estou totalmente solidário contigo.

    Abraço.

    marinheiroaguadoce a navegar

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  4. Oie lindinho! Concordo com tudo que escreveu. Belo post!
    Beijos

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  5. Doce amigo

    que delícia estar aqui
    sinto saudades...

    Aparece em meu jardim
    em "Vidas" ainda não publiquei nada
    logo... logo... publicarei

    enquanto isso, vai aparecendo
    no meu Jardim

    Beijos doces
    Iana!!!

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  6. Não tarda nada e lá aparece alguém a falar em xenofobia... . Como é que há quem tenha direito a casa, subsídios, e isenção de impostos e tenha plasmas, altas bombas à porta e outras coisas da moda?
    Percebi!
    Também quero ser coitadinho, afinal é o que está a dar.
    Cumps

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  7. Escreveu tudo que nos aptetece dizer...
    Parabéns pela coragem.
    Abraço

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  8. Excelente post! Que a voz nunca te falte e que os dedos permaneçam firmes para continuares a escrever assim.

    Beijinhos

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  9. a classe média está sempre tramada até ao dia em que deixar de existir

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  10. Pois é amigo! Estou contigo nessa!

    Um beijinho

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  11. passei por aqui ...


    fica um abraço

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  12. C.Valente
    Um abraço amigo.
    Não, não quero ser coitadinho. Prefiro o ordenado do Vítor Constâncio, do Fernando Pinto ou, vendo bem, de qualquer gestor público.
    Abraço

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  13. Valente,
    Da forma que as coisas caminham neste país à beira-mar plantado, parece-me que cada vez serão mais os que se fazem passar por José Esperto da Vigarice, enquanto que os Zé Pagante da Purificação se tornarão cada vez mais uma raça em vias de extinção.
    Abraço.

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  14. a esses chamo e zú tuga xico esperto... a nós...os outros... bem nós estariamos bem se as entidades competentes abrissem os olhitos... n é dificil... podem tentar :D

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  15. ..infelizmente assim é...

    jocas maradas...sempre

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  16. É um ponto de vista, respeito e aceito, como todos os outros.
    Só peca numa coisa.....pela direção que tomou....antes se tivesse V Exa se dirigido à classe que rouba todos um País e que inventa este personagem que o senhor acabou de descrever. Esses sim, podemos apontar o dedo, pois esses sim roubam o Estado em Milhões, e não em tostões, a esses sim devemos como o senhor aqui sugere, ir atrás, apontar o dedo.
    Como sugestão, faça o senhor igual caminho que fez aqui com o coitadinho, ao "Senhor" e verá que no final quem rouba a sério não é o coitadinho.
    Tenho dito
    Vítor Costa

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