Os partidos políticos dominam, não libertam
Em vez de forças aglutinadoras da sociedade
Se transformaram em maquinas calculadoras
Em que o interesse partidário se sobrepõe
Grupos parlamentares travam lutas estéreis
Esquecem os interesses principais da nação
Olham a seu bancada, umbigo e aplaudem
Para os problemas do povo não têm solução
Quando partidos se tornam coitos de alguns
Lutas de poder entre pessoas sem ideologia
Grupos que se constituem em camarilha
O desapego ao bem comum é uma constante
O gosto pelo serviço público se esbate
Quando interesses mesquinhos o tentem
Que figurões de um regime democrático
Imperativo ético, é necessário reinventar
Desçam para meio do povo e escutem
Seus anseios, dificuldades, ambições
O cidadão comum ama este seu país
Há mais Portugal além dos partidos
Decisões usurpadas pelos partidos
Papel das pessoas é secundarizado
A sua voz dificilmente se faz sentir
Espartilhado está o direito do cidadão