Velas desfraldadas, fraco timoneiro ao leme
Com temporal a navegar por destino errado
Homens no convés, ás amarras e no porão
Esforço de braços, pé descalço faz-se á luta
Num esforço tentam perscrutar o tempo vindouro
O vil metal corrompe e transforma a besta homem
Vendaval desmesurado e cruel neste caos actual
Adversidade e a impotência têm de ser vencidas
Despojados da casa, gastos e desesperados
Impotente é o trabalhador, sem o seu salário
Causadores senhores importantes da praça
Na comunicação tagarelam de barriga cheia
Borracha quer apagar as vidas que são gente
Povo que se esforça e empenha e faz a nação
Descartáveis são os números e não as pessoas
O trabalhador não é um deve/haver contabilístico
Enfrentar o desconhecido, destino deste povo sofrido
Não necessita de bandalhos a indicar-lhe o caminho
Tesouros guardados, por tubarões foram espoliados
Com o peso da gula, também vão ao fundo e morrem
Viver na riqueza e ostentação, desprezando o trabalho
No mar pinga gotas de sangue, gargalhada soa no ar
Clarão fantasmagórico de uma recordação do passado
A indignação pede justiça no mais elevado dos tribunais
Infelizmente o número de descartáveis aumenta, aumenta a miséria e engordam uns quantos nababos que um dia pagarão pelas injustiças que cometeram.
ResponderEliminarCumps
Assim ocorre, meu amigo; em todos os países, a borracha da corrupção tenta apagar vidas de pessoas que são gente! Meu abraço, boa semana!
ResponderEliminarcontra a corrente ... navegar ... navegar...
ResponderEliminarassim nosso fadário!
gostei muito do poema.
abraço
Também eu....
ResponderEliminarUm pedido: divulgar
BShell
Como o fraco timoneiro apregoa, é a oportunidade de uma nova vida... com miséria e fome!
ResponderEliminarAbraço
Compadre Alentejano
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarO trabalhador não é "um deve/ haver contabilistico"! Não, não debia ser...mas somos. Excelente este poema e vem de encontro ao que eu sinto, à minha raiva e à minha dor...paradoxo? Não...raiva e dor se conjugam e me aguçam o sentido de "dever" pra com a Pátria.
ResponderEliminarQuerem calar-nos; querem calar-me aqui...num meio pequeno onde "incomodo"! Confesso...tenho algum medo...não por mim mas pelos que me são queridos e que podem vir a ser muito prejudicados pela minha teimosia em não me calar! Perder amigos...não eram meus verdadeiros amigos...se assim "debandaram"...se não soubera m respritar a minha opinião. Mas instalou-s aqui, num meio pequeno" a "política" do medo...e eu começo a ter medo...como tinham os meus pais no tempo da Ditadura!!!! Temo.....
Um beijo meu
BShell, aka Isabel