Bela manhã de inverno sem nuvens nem chuva
No Tejo flutuam estrelas cintilantes com lágrimas
Gaivota planeia cantando ao som de fados antigos
Incerteza devastadora como outrora o desconhecido
Sobre um banco de pedra banhado pelo sol
Homem descansa e aquece as suas mágoas
Encerra os olhos e relembra tempos vividos
Vagueia no passado na história e actualidade
Reformado do trabalho, mas não da vida
Não é seu modo aguardar o passar do tempo
Como partir não é opção, resta-lhe ficar e lutar
Na batalha da dignidade e bem-estar familiar
Desemprego um flagelo da sociedade actual
Governo alheado do que se passa em redor
Pessoa é tratada como numero na estatística
Magoa quando se tem um garrote ao pescoço
Na zona ribeirinha junto ao cais de Belem
Pescador atira anzol com isco á água turva
Situações distintas, a mesma tristeza no rosto
A esperança desmorona-se tal peixe a sufocar
Não existe caravelas, só o murmúrio das ondas
Nem riquezas desgarradas, tudo foi desbaratado
Hoje o cabo das tormentas chama-se austeridade
O terror do Adamastor, foi substituído pela Troika
O que poderia ser um belo dia, afoga-se;
Na mente a situação do país subjugado
Náufrago não necessita de água salgada
Mudança de rumo ou timoneiro é necessário
O dia sem nuvens nem chuva transformou-se num dia cinzento quando se cai na realidade. Por vezes preferia sonhar com coisas boas, nem que fosse apenas nas minhas folgas...
ResponderEliminarCumps
Sem dúvida , um poema bonito...mas ontem aqui só não apnhei uma grande molha por acaso, rrss
ResponderEliminarBom final de semana
POR FAVOR, meu caro, retite estas duas malfadadas letras de verificação: é a quarta tentativa!!
Olá
ResponderEliminarEsta manhã de Inverno sem nuvens nem chuva merecia e mereciam as suas personagens uma história bem mais feliz.
Bj
Ah, estes conjuntos de letras horrorosas de verificação, detesto, por vezes nem comento...
Gosto da sua poesia e do encanto de suas rimas... apesar da tristeza que escorre por eles.
ResponderEliminarBom fim de semana!
Beijinhos.
Brasil.
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Assim é, meu amigo: muitas são as vezes em que o sistema falido nos oprime a alegria e a vida! Belo texto, boa semana.
ResponderEliminarmudar de rumo, mudar de rumo...
ResponderEliminar"há que fazermos ao mar, antes que sequem os rios..." como cantava o Adriano.
gostei do poema. muito.
abraços
Tudo seria belo se não fosse tão feio o que nos andam a fazer.
ResponderEliminarUm aplauso para o teu magnífico poema.
Um abraço, caro amigo.
Lindo poema,ainda que nostálgico.
ResponderEliminarBjs querido.
Belo poema, suavidade e força juntas.Belíssimo.
ResponderEliminarMartha
Um abraço
Bem apanhado :)
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